









Gregório José Lourenço Simão
Jornalista / Radialista / Filósofo
Pós Graduado em Gestão Escolar, Pós Graduado em Ciências Políticas, Pós Graduado em Mediação e Conciliação MBA em Gestão Pública.
O País que rejeita os seus
O jovem brasileiro é um ser à deriva. Não porque lhe falte sonho — sonho é o que mais tem —, mas porque o país insiste em não lhe dar chão. Desde cedo, ele aprende que há portas que nunca se abrem, salas onde nunca será chamado e palcos que só pode admirar do lado de fora. Ainda menino, é empurrado para a escola pública — não por escolha, mas por falta dela. E ali descobre que o ensino é um campo de batalha onde se sobrevive mais do que se aprende. Os prédios caem aos pedaços, os professores resistem heroicamente e o aluno, que é o retrato da esperança, é tratado como estatística. Na escola particular, as portas estão fechadas — não por falta de capacidade, mas por falta de dinheiro. É o primeiro “não” que ele ouve da sociedade. O primeiro de muitos.
Quando cresce, vem o segundo: o “não” do mercado de trabalho. O jovem brasileiro chega com o currículo na mão, o rosto limpo, o coração cheio de boa vontade — e encontra uma fila interminável de candidatos, muitos formados em boas escolas, vindos de famílias que lhes deram tempo e preparo.Aele, que estudou à noite, trabalhou de dia e dormiu pouco, sobra a desvantagem do cansaço. Sobra também o silêncio do telefone que não toca.
Mas o país não o rejeita apenas nos estudos e no trabalho. O país o rejeita também na alegria. Nos shows, nos teatros, nos festivais, ele é o que vende salgadinhos, o que serve cerveja, o quecorreatrásdeclientesnacalçada.Oespetáculoaconteceapoucosmetros,maspareceaum mundo de distância. O jovem brasileiro é o público que nunca se senta na plateia.
Quando tenta reagir e sonha com uma universidade pública, vem o terceiro “não”. A concorrência é cruel. Passam os que tiveram cursinhos, apostilas, professores particulares, tempo para estudar. Aos que precisaram trabalhar, restam as faculdades particulares — caras, cansativas, muitasvezesdequalidadeduvidosa.Eelevai,porquedesistirnãoéopção.Trabalhaodobro,dorme a metade, estuda o que pode e paga o que não tem. Sai com um diploma na mão e um cansaço que parece não ter fim.
Mas o país ainda lhe deve o último golpe: o “não” da vida profissional. Sem padrinhos, sem sobrenomesimportantes,semindicações,elesevêdenovodoladodefora—agoranãomaisde uma escola, nem de um show, mas do próprio futuro. Muitos acabam em empregos que nada têm a ver com a formação: o advogado que dirige aplicativo, o economista que vende plano de celular, o administrador que vira garçom. E não por falta de mérito, mas porque o Brasil é um país que premia o berço e castiga o esforço.
Ojovembrasileiroé,nofundo,umsobrevivente.Elenascenumpaísqueorejeita,crescenum sistema que o exclui e, ainda assim, insiste em acreditar. Há algo de heroico nisso — e talvez de trágico também. Porque nenhuma nação se sustenta quando empurra seus jovens para a margem. Nenhum país cresce quando transforma o talento em subemprego e o sonho em estatística.
O jovem brasileiro não quer piedade. Quer oportunidade. Quer ser lembrado antes de ser esquecido, ouvido antes de ser silenciado. Quer que o país olhe para ele não como problema, mas como promessa.
Enquantoissonãoacontece,eleseguevendendocervejanoportãodoshow,estudandoàluz fraca do celular, pegando dois ônibus para o trabalho e acreditando, teimosamente, que um dia o Brasil deixará de ser o país que rejeita os seus.
ADefesaCivildeSantaCatarina emitiu nesta quarta-feira (15) uma observação meteorológica alertando para temporais isolados e chuva pontualmente intensa que devem ocorrer entre quinta-feira (16) e a madrugada de sábado (18) em várias regiões do estado. O risco para alagamentos, destelhamentos, queda de galhos e danos na rede elétrica é considerado baixo a moderado.
De acordo com os meteorologistas Nicolle Reis e Fer-
nando Rafael, a instabilidade será iniciada pelo Oeste e áreas de divisa com o Rio Grande do Sul na quinta-feira, espalhando-se para as demais regiões ao longo do dia. Os temporais mais fortes são esperados no Grande Oeste entreatardeeanoite.
Entreamanhãdasexta-feira e a madrugada de sábado, a frente fria continuará favorecendo condições para novos temporais em todas as regiões doestado.
ADefesa Civil reforça algu-
mas orientações de segurança:
Procure abrigo seguro, longedejanelaseobjetosque possamserarremessados; Evite transitar próximo de árvores, muros, placas e postes de energia em caso de ventosfortes; Não atravesse ruas, pontes ou pontilhões alagados durantechuvasintensas. Em caso de emergência, a população pode acionar a DefesaCivilpelotelefone199 oupeloSMS40199.
¹ Não te indignes por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos que praticam a iniquidade. Salmos 37:1
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OMinistério Público de Santa Catarina (MPSC), por meio da 4ª Promotoria de Justiça de Tubarão, instaurou uma notícia de fato para acompanhar a situação da falta de coleta de lixo no município. Por conta de denúncias recebidas pela Ouvidoria do MPSC, que vem ocorrendo, possivelmente,desdeoiníciodomês de outubro. Moradores relataram acúmulo de resíduos nas ruas e odor forte. A situação vem sendo amplamente comentada pela população, pela imprensa local e nas redes sociais.
Diante do problema, a Promotoria de Justiça expediu, nesta terça-feira, dia 14, um ofício à Prefeitura de Tubarão solicitando que,noprazodecincodiasúteis, encaminhe informações detalhadas sobre o caso. O documen-
to requer esclarecimentos sobre os motivos da interrupção da coleta pela empresa responsável, a data do encerramento das atividades, as medidas adotadas pelo Município ao tomar conhecimento da paralisação e a situação atual do serviço, incluindo dias, horários e regularidade da coleta.
O Promotor de Justiça Rodrigo Silveira de Souza destaca que o acompanhamento do Ministério Público busca assegurar o restabelecimento do serviço essencial. “A coleta de lixo é um serviço público indispensável à saúde e à dignidade da população. O MPSC atua para o Município adotar as medidas necessárias à normalização da coleta e para que situações como essa não voltem a ocorrer”, afirmou.
Daspáginasdolivropara
a vida real. Estudantes do 1º e 2º ano da Escola Básica Municipal (EBM) Antônio João Mendes, do Balneário Camacho, em Jaguaruna, vivenciaram uma experiência transformadora ao conhecerem a casa onde moram os personagens do livro “O Gambazinho Travesso”.
Eles também foram surpreendidos pela oportunidade de conhecer a autora dos livros estudados na escola, a escritora Edla Zim. Nesta terça-feira, dia 14, ela abriu as portas da conhecida Casa da Floresta, propriedade onde a escritora se inspira para escreversuasobrasliterárias,
para receber cerca de 60 estudantes.
A ação ocorreu através do projeto iniciado em maio deste ano pelas professoras Jeanine Theodoro e Neide Agostinho, que apresentaramaosalunosa obra “A menina que queria ser tudo”, da autora Edla Zim. Através da narrativa, os estudantes refletiram sobresonhosefuturasprofissões.
O projeto proporcionou aaquisiçãode60livrosdoados através da ação “Madrinhas e Padrinhos Literários”, além do apoio da cooperativa de energia Cergaleapoiadoreslocais.
“Proporcionar aos alunos o contato com o livro físico e
com a escritora é sensacional, pois enfatiza o papel da leitura e o processo criativo de construção de um livro, além de ser um refúgio contra a superexposição às telas digitais”, comenta a professora Jeanine Theodoro, idealizadora do projeto.
Para a escritora, a visita técnica contribuiu para ampliar o conhecimento dos estudantes sobre a fauna e flora locais, reforçando a importância da preservaçãoedoequilíbrio dos ecossistemas.
“Como escritora dos livros que inspiraram este projeto, foi uma imensa alegria acompanhar de perto o entusiasmo das
crianças. Ver os alunos se encantarem com as histórias, fazerem perguntas e se reconhecerem nas páginasdoslivrosfoiemocio-
nante. Essa troca reforçou a importância da literatura como ponte entre o aprender e o sentir, despertando neles o prazer pela leitura,
pelaescritaepelocuidado com o meio ambiente”, comenta a escritora.
Fonte: Folha Regional
Overeador Luan Varnier (MDB) de Urussanga, teve o mandato cassado em sessão de julgamento realizada nessa segunda-feira, dia 13, na Câmara Municipal, por supostamente ter permitido que um paciente furasse a fila de consultas médicas quando ocupava o cargo de secretário de Saúde do município. A cassação ocorreu após o julgamento da CIP (Comissão de Investigação Processante). Foram seis votos favoráveis e três contrários.Varnier foi o vereador mais votado do município nas eleições de 2024, com 918 votos. Em vídeo divulgado nas redes sociais, ele se
emocionou e afirmou que foi vítima de perseguição política e que pretende recorrer. “Fui cassado por motivos políticos. Foi só um modo de calar minha boca. O processo foi cheio de irregularidades, e a verdade ainda vai aparecer”, declarou. Luan disse que sua defesa apresentou todos os documentos necessários e classificou o resultado como “injusto”. O ex-parlamentar era acusado de usar sua influência para furar a fila da saúde, beneficiando uma pessoa próxima. Ele nega as acusações “Estou tranquilo com a minha consciência.Tudo foi feito dentro da legalida-
de. Não cometi nenhuma irregularidade e vou provar isso”, afirmou no vídeo.
Com a decisão, o primeiro suplente da sigla, Genevaldo Cardoso, deve assumir a cadeira na próxima sessão ordinária da Câmara.
Varnier diz que seguirá como ‘vereador voluntário’
Servidor público efetivo do magistério, Varnier afirma que pretende dar continuidade à carreira política mesmo sem mandato. Ele promete percorrer os bairros de Urussanga para ouvir as demandas da comunida-
de, independentemente de permanecer inelegível pelos próximos oito anos.
A Câmara de Verea-
dores de Urussanga já publicou o decreto que oficializa a perda do mandato de Luan Varnier. A
expectativa é que o primeiro suplente seja nomeado ainda nesta terça-feira, dia 14.
AConfederaçãoNacional
de Municípios (CNM) alerta aos gestores municipais que aproximadamente 530 Municípios estão com inconsistências ou pendências no módulo Fundeb-VAAR-Condicionalidades do Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle (Simec). Esses Entes locais devem providenciar correções noprazodeaté15diascorridos apósanotificação.
A CNM reforça que o módulo Valor Aluno Ano Resultado (VAAR) coleta as informações necessárias à habilitação para receber recursos da complementação-VAARdaUniãoao Fundode
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Isso porque, para o recebimento desses recursos, é indispensável o cumprimento das condicionalidades definidas na Lei
14.113/2020, de regulamentaçãodoFundeb.
A Resolução 15/2025 da Comissão Intergovernamental de Financiamento para a Educação Básica de Qualidade (CIF) define a metodologia para aferição do cumprimento dascondicionalidadesI,IVeV, relativas ao provimento do cargooufunçãodegestorescolar, aoICMSEducacionaleaosreferenciais curriculares alinhados à BNCC. A comprovação do cumprimento da condicionalidade IV cabe aos Estados, não se aplicando ao Distrito FederaleaosMunicípios.
Dados incorretos, incompletos ou que não atendam aos critérios estabelecidos podemcomprometeroacessodo Município à complementação-VAAR.As diligências são realizadas quando o Ministério da Educação(MEC)identificaque osregistrosenviadosnãoatendem plenamente aos requisi-
tos exigidos, sendo necessário comprovar documentalmente o cumprimento das condicionalidades.
Passo a passo
Os gestores devem acessar o Simec para verificar se o seu Município foi diligenciado e, em caso positivo, realizar as devidas correções solicitadas. Casoascondicionalidades1ou 5apareçamnacorvermelhana aba “Situação”, significa que o Município foi diligenciado. No próprio sistema estão indicados o documento que precisa de correção, o detalhamento dos itens não atendidos e as orientações sobre como ajustar as informações.Além disso, o MEC disponibilizou o Guia do Módulo Fundeb – Simec, que orienta sobre o uso do sistema eainserçãodasinformações. RecomendaçõesdaCNM
A CNM reforça que a não regularização das informações
relativas ao ciclo 2025/2026 pode resultar na inabilitação do Município para o recebimento da complementação-VAAR. Recomenda-se que as secretarias municipais de Educação mobilizem suas equipes técnicas e jurídicas para reunir, validar e anexar a documentação correta (atos normativos, editais consolidados, atas, comprovantes de provimento, entre outros)antesdoreenvioaosistema.
Nos casos em que houver divergência entre o número de gestores informados e o Censo Escolar, orienta-se a preparação de justificativas e documentos comprobatórios ou, se necessário, a correção dos registros diretamente no Simec. Mais informações podem ser solicitadas nos canais de atendimentodoMEC,noe-mail:vaarfundeb.seb@mec.gov.br e/ou WhatsApp(61)2022-2066.
A Confederação destaca
que, além da habilitação nas condicionalidades I, IV e V, é precisoqueosEntesfederados também sejam habilitados nas condicionalidades II e III, relativas ao mínimo de 80% de participação dos estudantes nas provas do Saeb e à redução das desigualdades educacionaissocioeconômicaseraciais.
O cumprimento dessas duas condicionalidades é calculado peloInepe,defato,temconstituídonomaiordesafioenfrenta-
do pelas redes públicas de ensino. Por fim, estar habilitado ainda não é garantia de recebimento da complementação-VAAR. Além de habilitado, é preciso que o Ente apresente melhoriasdeatendimentoeducacionale/oudeaprendizagem comreduçãodedesigualdades educacionais.Eosindicadores VAAR-Atendimento e VAAR-Aprendizagem também são calculadospeloInep.
ACâmara dos Deputados da Itália iniciou a análise deumprojetodeleiquepode alterar drasticamente — ainda mais — o processo de reconhecimento da cidadania italiana por direito de sangue fora do país.
Hoje sob responsabilidade dos consulados, os pedidos passariam a ser tratados por um novo escritório no Ministério das Relações Exteriores (Maeci), em Roma.
A proposta faz parte do DDL 2369-A, chamado “Revisão dos serviços para cidadãos e empresas no exterior”. O texto prevê a criação de uma estrutura administrativa central para processar os pedidos apresentados por descendentesdeitalianosresidentes fora da Itália.
Segundo o projeto, o novo modelo entraria em vigor a partir de 1º de janeiro de 2028.
Pela proposta, os maiores de idade que desejam reconhecer a cidadania italiana deverão enviar a documentação original por correio ao Ministério, em Roma. A tramitação será exclusivamente por meio postal, e as comunicações se darão por e-mail.
Os consulados manterão apenas duas funções: certificar a manutenção da cidadania já reconhecida e confirmar o direito para menores de idade cujos pais já sejam cidadãos italianos.
O prazo para análise das solicitações será de até 36 meses.
Palestrante e ativista pró-vida.
Instagram @sandracamposa_
Após a partida do meu filho, Diego Wendell, aos 24 anos, pelas portas cruéis do suicídio, aprendi a resignificar a dor. Reencontrei sentido na vida oferecendo o que ainda tenho de mais valioso — meu tempo, meu carinho e minha escuta — a pessoas desconhecidas
que me procuram todos os dias em busca de acolhimento.
Mas, em meio a tantas histórias, há um eco constante e revoltante: crianças e adolescentes vítimas de abuso — cometidos, muitas vezes, por quem deveria protegê-las. Pais, irmãos, tios, padrastos, cunhados, primos… monstros escondidos sob o título de “família”. Eles destroem vidas inocentes e deixam cicatrizes que o tempo não apaga. Quero compartilhar a história de Glórinha, uma menina de apenas 11 anos, do sertão. Cheia de sonhos, ela amava suas bonecas simples de plástico, mas que carregavam o mesmo amor que pulsava em seu coração puro.
Houve um tempo em que tudo era leve. O coração não conhecia desconfiança, os olhos não sabiam reconhecer ameaças, e a alma caminhava livre — sem medo de ser ferida. Era o tempo das promessas acreditadas, dos sorrisos sinceros, da doçura de confiar sem exigir provas. Um tempo em que o mundo ainda parecia um lugar seguro. ssa inocência morava nos detalhes: no brilho dos olhos diante de pequenos gestos, na entrega espontânea, na paz de quem ainda não sabia que o mal podia ter um rosto conhecido.
Era a fase da pureza intocada — aquela que deveria durar para sempre. Mas então, a ruptura. Não foi apenas um ato — foi uma quebra brutal da segurança, da confiança e da alma. Foi alguém atravessando o corpo de uma criança como se ele não tivesse dono. Foi o “não” ignorado, o grito silenciado, a inocência esmagada. O abuso é sujo — não por quem sofre, mas por quem o come-
te. E, ainda assim, é a vítima quem se sente impura. Vem o nojo, não do agressor, mas de si mesma. O corpo parece contaminado, o espelho mostra uma imagem manchada. A alma, antes leve, agora vive em cativeiro. É como morrer com o coração ainda batendo. Uma morte invisível. Um grito abafado que ecoa por dentro e nunca cessa. Depois de um abuso, não é só o corpo que dói — é a mente, é o espírito.Avítima passa a duvidar de si mesma. Sente culpa por algo que nunca foi culpa dela. “Será que fui eu? Será que fiz algo errado?” — perguntas cruéis que invadem sem permissão. A vergonha domina. O toque assusta. O corpo, que antes era morada, vira prisão. O silêncio passa a parecer abrigo — frio, mas seguro. E as lágrimas caem no escuro, longe de qualquer testemunha. Hoje, Glórinha tem 20 anos. Carrega dentro de si um segredo que dilacera sua alma. Toda vez que cruza o olhar com o monstro que a violentou — seu próprio primo, o desespero volta. Ela vive com depressão profunda, entre crises de pavor e noites sem sono. Mas continua resistindo, porque tem uma irmãzinha de 5 anos — e ela diz: “Eu não tiro minha vida porque preciso proteger ela… não quero que o mesmo aconteça com ela.” E a pergunta que não sai da cabeça é: Quantas Glórinhas existem pelo Brasil afora, sofrendo caladas, guardando a dor que ninguém deveria conhecer? Enquanto o silêncio for o abrigo dessas vozes, a infância continuará sendo roubada — e a sociedade seguirá falhando em seu dever mais básico: proteger suas crianças.
As equipes da Secretaria Municipal deAssistência Social, Mulher e Família (SASMF), do Setor de Atendimento à População em Situação de Rua(SetorPOP),doCentro de Atenção Psicossocial (CAPS) e dos serviçosdeacolhimento,eque têm o apoio das forças de segurança, compostas pelas polícias Militar e Municipal, realizaram, na noite desta terça-feira (14), a 41ª força-tarefa de 2025.
A ação de resgate e acolhida foi efetuada em
diversos pontos da cidade, contando sempre com a parceria das casas de apoio para pernoite, projeto João 3:16 eAlberguedaPaz,ecomacolaboração da comunidade, que informa pontos onde visualizam pessoas em situação de rua, ajudando na busca assertiva.
De acordo com a coordenadora do Setor POP, Daiane Barbosa, tem-se observado a diminuição do número de pessoas em situação de rua no município. “Esse resultado é fruto de um
trabalho incansável dos serviços da rede socioassistencial, que de forma articulada tem criado mecanismos e estratégias de atendimento, principalmente, entre saúde e assistência social, visando ao encaminhamento mais adequado para cada caso”, relata.
Daiane destaca que muitos que estavam em situação de rua no início do ano, hoje se encontram em tratamento em comunidade terapêutica ou sob os cuidados dos familiares. “Nossa moti-
vação em continuar com as ações da força-tarefa ocorre por sabermos que estamos conseguindoatendereacompanhar caso a caso. Nosso objetivo é o resgate à dignidade, oferta da qualidade de vida e um recomeço para quem realmente busca e almeja tratamento”, ressalta.
As ações da força-tarefa seguem ocorrendo semanalmente, com o objetivo de garantir acolhimento e suporte às pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Após o apagão nacional que deixou todas as regiões do Brasil sem energia na madrugada desta terça-feira (14), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o governo está “completamente seguro” de que o país não precisa retomar o horário de verão em 2025.Adeclaração foi feita durante o programa Bom Dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Segundo Silveira, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico se reúne mensalmente para avaliar a segurança energética e a modicidade tarifária — princípio que garante tarifasjustas—econcluiuque o Brasil vive um cenário de estabilidade, resultado do planejamento e do bom índice de chuvas nos últimos anos.
O ministro também
destacou que o país pretende lançar, ainda neste ano, o chamado “leilão de bateria”, iniciativa que busca armazenar energia gerada por fontes renováveis, como vento e sol. “A gente vai literalmente armazenar vento. O vento vai ser armazenado através das baterias. Atra-
vés da bateria, vamos ter osolaté22horasarmazenado”, afirmou Silveira.
Sobre o apagão, o ministro classificou o episódio como um problema comum em sistemas elétricos ao redor do mundo e reforçou que o sistema brasileiro é robusto e bem planejado. Ele tam-
bém ressaltou que, caso seja necessário, o governo não descarta retomar o horário de verão no futuro, apesar das controvérsias sobre o tema.
“Estamos completamentesegurosdequenão precisamos do horário de verão neste ano”, concluiu Silveira.
OGrupo deAtuação EspecialdeCombateàsOrganizaçõesCriminosas(Gaeco) deflagrou, na manhã desta quarta-feira, dia 15, a OperaçãoEngrenagem,emapoioa 39ª Promotoria de Justiça da Capital, visando desarticular uma organização criminosa atuante no tráfico de drogas emSantaCatarina.
Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC),estãosendocumpridos 24 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Vara Estadual das Organizações Criminosas, em endereços ligados aos principais investigados por movimentar valores ilícitos. As diligências
foram cumpridas em Imbituba, Laguna, Gravataí, PalhoçaeSãoJosé.
Conforme o MPSC, o Poder Judiciário determinou também o bloqueio de bens e valores no montante de R$ 27,5 milhões, atingindo 32 pessoas físicas e jurídicas apontadas como integrantes ou beneficiárias do esquema criminoso.
De acordo com o MPSC, a investigação, que se estendeháváriosmeses,identificou a atuação de um esquema complexo, voltado à lavagem de dinheiro, obtido com tráfico de entorpecentes.Ogrupoutilizavaempresas de fachada, contas de
escolar
terceiros e transações simuladasparadisfarçaraorigem ilícita dos recursos, reinserindo-os no mercado formal com aparência de legalidade.
Segundo o MPSC, o nome da operação, ‘Engrenagem’ faz referência à forma como os integrantes da organização operavam. Cada elemento desempenhava papel essencial para o funcionamento do sistema criminoso, cujo objetivo era ocultar capitais obtidos com tráficodedrogas.Ainvestigação tramita em sigilo e assim que houver publicidade dos autos novas informações poderãoserdivulgadas.
Uma kombi escolar que transportava nove crianças, dois homens e uma mulher grávida capotou e caiu no Rio Correntes, na manhã de terça-feira (14), em Santa Cecília, no Oeste de Santa Catarina. O acidente ocorreu por volta das 8h, na localidade de Goulart.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o veículo perdeu o controle ao atravessar uma ponte e acabou caindo no rio. Quando os socorristas chegaram, os passageiros já estavam fora da kombi e foram encaminhados a uma unidade de saúde para avaliação.
O motorista, de 66 anos, foi encontrado em
pé, consciente e sem ferimentos.Amulher,grávidadeoitosemanas,também não apresentava lesões aparentes, assim como as demais vítimas.
O local foi isolado para o trabalho de retirada do veículo, que ficou parcialmente submerso.As causas do acidente ainda serão investigadas.
Um homem, de 68 anos, identificado como João Fernandes Maciel,residentedobairro Laranjal, faleceu na manhã desta quarta-feira, 15, após um grave acidente de trânsito na SC-100, no bairro Beija-Flor, em Jaguaruna.
local, o óbito foi constatado.
O idoso conduzia uma motocicleta e acabou colidindo contra um veículo da SecretariadeSaúdedomunicípio. O socorro foi chamado mas, chegando ao
O motorista do outro automóvel foi encaminhado ao Hospital de Caridade de Jaguaruna, com mal-estar devido ao acidente.
Aponteacâmerae façasuacotaçãogratuita hojemesmo!