

Petrobras, uma história de integração e aprendizado em SMS
P458
Revisão ortográfica e gramatical
Firjan-SENAI
Projeto Gráfico | Diagramação
Firjan-SENAI
Catalogação na fonte
Lucas Eduardo Ferreira de Souza Silva - CRB-7 7163
PETROBRAS. Saúde, Meio Ambiente e Segurança.
Petrobras, uma história de integração e aprendizado em SMS / Petrobras. Saúde, Meio Ambiente e Segurança. – Rio de Janeiro: Petrobras, 2025.
78f. il.:
1. Saúde. 2. Meio Ambiente. 3. Segurança. I. Título.
CDD 614.89081
1. Gestão de SMS: a base que sustenta
Os sistemas, diretrizes e eventos que estruturam e fortalecem nossa atuação
2. Segurança: cultura que salva vidas
Os pilares que sustentam nossa cultura de prevenção e cuidado com a vida
3. Meio Ambiente: sustentabilidade como legado
O reflexo do nosso comprometimento com a sustentabilidade e conservação da natureza
4. Saúde: cuidar é nossa prioridade
da Covid-19: nosso maior desafio e aprendizado
Programa Petrobras Bem-Estar materializou o cuidado com as pessoas
A atenção integral ao bem-estar físico e mental de quem constrói essa história conosco 5. Contingência: prontidão para todos os cenários
Os desafios que enfrentamos e as respostas que nos tornam mais resilientes O licenciamento por áreas geográficas mudou os rumos
Mensagem da liderança

SMS. A sigla é curta, mas tem um significado imenso: SMS é um valor inegociável para a Petrobras. Ao longo dos últimos 25 anos, construímos uma trajetória marcada por compromisso, aprendizado e evolução na forma como cuidamos da saúde e segurança das pessoas, protegemos o meio ambiente e promovemos a sustentabilidade nos nossos negócios.
Essa jornada é decorrente do empenho e engajamento de toda a nossa força de trabalho e do exemplo de nossas lideranças. Consolidamos uma cultura forte, com base no cuidado genuíno com a vida como centro das nossas decisões. Cada desafio enfrentado se transformou em oportunidade de melhoria e transformação.
Ao celebrarmos este marco de 25 anos da integração das atividades de Segurança, Meio ambiente e Saúde do SMS, reconhecemos os esforços de todas as pessoas que contribuíram
para tornar essa história possível. Esta revista foi elaborada com a participação ativa de nossos profissionais, que elegeram os marcos mais significativos dessa trajetória. Ela é, portanto, um reflexo da memória coletiva, da experiência vivida e do pertencimento de quem constrói a Petrobras todos os dias.
Seguimos comprometidos com o fortalecimento do nosso programa Compromisso com a Vida e com a busca incansável pelas nossas ambições de zero fatalidade e zero vazamento. Que esta publicação nos inspire a continuar avançando com aprendizado, inovação e, acima de tudo, com respeito à vida.
Juntos, construímos e continuaremos a construir resultados de excelência em SMS, cuidando das pessoas e protegendo o meio ambiente hoje e no futuro.
Parabéns pelos 25 anos de integração do SMS da Petrobras!
Vamos em frente! O Brasil é a nossa energia. Boa leitura a todos e todas!
Magda Maria De Regina Chambriard Presidente da Petrobras
Magda Maria De Regina Chambriard
Presidente da Petrobras
Apresentação
A trajetória da Petrobras em Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) é marcada por evolução, aprendizado e transformação. Os primeiros passos surgiram de eventos que revelaram a urgência de mudanças profundas, levando à integração da estrutura de SMS. O programa PEGASO foi um marco pioneiro, redefinindo a estratégia e resultando na primeira política e diretrizes corporativas de SMS.
Com o tempo, novas iniciativas fortaleceram essa base: regras essenciais para o cuidado com as pessoas, programas de cultura de segurança e práticas que consolidaram o compromisso com operações seguras. A sustentabilidade ganhou protagonismo, incorporada de forma estruturada à visão de futuro, com fundamentos técnicos robustos e respostas ágeis a desafios globais. A saúde física e mental dos trabalhadores passou a ocupar papel central, com ênfase nos fatores humanos como chave para a prevenção de incidentes.
Essa jornada reflete resiliência, inovação e aprendizado contínuos. Para celebrar, foi promovida uma votação especial iniciada na Semana do Meio Ambiente, em que colaboradores escolheram, entre 36 marcos, os 16 mais significativos da história do SMS na Petrobras.
Esses marcos foram organizados em cinco blocos temáticos:
- Gestão de SMS: a base que sustenta - os sistemas, diretrizes e eventos que estruturam e fortalecem nossa atuação.
- Segurança: cultura que salva vidas - os pilares que sustentam nossa cultura de prevenção e cuidado com a vida.
- Meio Ambiente: sustentabilidade como legado - o reflexo do nosso comprometimento com a sustentabilidade e conservação da natureza.
- Saúde: “cuidar é nossa prioridade” - a atenção integral ao bem-estar físico e mental de quem constrói essa história conosco.
- Contingência: prontidão para todos os cenários - os desafios que enfrentamos e as respostas que nos tornam mais resilientes.
A área de SMS celebra não apenas conquistas passadas, mas também o futuro que será construído coletivamente, reforçando o compromisso de cuidar das pessoas e do meio ambiente com excelência.

1. Gestão de SMS: a base que sustenta
Os sistemas, diretrizes e eventos que estruturam e fortalecem nossa atuação

PEGASO: uma virada na gestão ambiental e na segurança operacional
Criado em 2000, logo após o vazamento de óleo na Baía de Guanabara, o Programa de Excelência em Gestão Ambiental e Segurança Operacional (PEGASO) marcou um ponto de virada na nossa atuação. Seu propósito era elevar o padrão de segurança das operações da empresa, reduzir ao máximo os riscos ambientais e contribuir efetivamente para o desenvolvimento sustentável.
Em apenas dois meses, a elaboração do projeto contou com o envolvimento direto de gerentes e técnicos de diversas áreas e de todas as regiões do Brasil. A equipe realizou um amplo levantamento de práticas internacionais e avaliou a situação real da gestão ambiental nas unidades operacionais da companhia.
Mais que uma resposta a um acidente, o PEGASO foi uma estratégia para buscarmos um alinhamento às grandes empresas de petróleo do mundo em termos de segurança e responsabilidade ambiental.
O grande desafio foi criar um ambiente de gestão totalmente integrado e eficaz, capaz de prevenir acidentes e transformar a resposta a emergências da Petrobras em referência para toda a indústria, em diversas áreas críticas, como: gestão de resíduos, controle de emissões, prevenção de vazamentos e segurança nas operações.
PROPÓSITO
. elevar o padrão de segurança das operações da empresa . reduzir ao máximo os riscos ambientais
. contribuir efetivamente para o desenvolvimento sustentável
O PEGASO foi uma estratégia para buscarmos um alinhamento às grandes empresas de petróleo do mundo em termos de segurança e responsabilidade ambiental.

Reunião da equipe de gestão
Programa foi considerado uma revolução para a época
O PEGASO foi uma verdadeira revolução na época em que foi criado. Tornou-se uma experiência pioneira entre empresas brasileiras, elevando o nível de consciência e exigência em relação à gestão ambiental e à segurança operacional.
Como parte de sua estrutura, foram criados os Centros de Defesa Ambiental (CDAs) em regiões estratégicas do país, permitindo ações rápidas e eficazes em caso de acidentes ambientais.
Embora tenha sido posteriormente encerrado como programa formal, seus princípios e práticas foram incorporados a novas políticas e iniciativas da Petrobras, também servindo de inspiração para outras empresas.
O legado do PEGASO permanece relevante, ajudando a moldar uma cultura de responsabilidade que vai além dos limites corporativos, impactando positivamente toda a sociedade.

Experiência pioneira entre empresas brasileiras, elevando o nível de consciência e exigência em relação à gestão ambiental e à segurança operacional.

Capa da segunda Revista PEGASO
Capa da primeira Revista PEGASO

Política e diretrizes de SMS fortalecem nossos compromissos com a sociedade
Como empresa consciente de nossas ações, estamos em constante transformação – refletindo sobre questões ambientais e o impacto de nossas atividades na sociedade. Esse compromisso com o país fortalece nossa energia, conferindo robustez e perenidade às nossas ações.
Parte dessa conscientização advém da estruturação e aplicação de orientações que visam atender a cenários adversos, como nossa Política e as 15 Diretrizes de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS).
Nascidas no ano de 2001 como fruto de intenso processo de desenvolvimento, pesquisa, melhores práticas e debate envolvendo todas as nossas áreas operacionais e subsidiárias, as Diretrizes orientam nossa gestão de SMS, ao lado dos cinco Princípios: SMS é Valor, Respeito à Vida, Gestão Baseada em Riscos, Sustentabilidade nos Negócios e Excelência e Transparência no Desempenho.
Assim como a Política, as Diretrizes visam promover capacitação e conscientização para o gerenciamento de riscos – dentro e fora do ambiente de trabalho – e configuram um marco na mudança da nossa cultura de segurança e de todos os públicos impactados.
Esse esforço esteve alinhado ao contexto da época, que nos intimava à necessidade de transparência e diálogo com a sociedade, uma vez que administrávamos ocorrências como o acidente com explosões na plataforma P-36 e os vazamentos de óleo na Baía de Guanabara e no Rio Iguaçu.
As
diretrizes visam promover capacitação e conscientização para o gerenciamento de riscos –dentro e fora do ambiente de trabalho – e configuram um marco na mudança da nossa cultura de segurança e de todos os públicos impactados.
Enfrentamos a crise de imagem com o empenho da liderança e a mobilização de toda a força de trabalho, evidenciando nossa capacidade de resposta a acidentes, bem como o compromisso com a Saúde, o Meio Ambiente e a Segurança.
A partir desse cenário, inúmeras ações convergiram para o amadurecimento de nossas operações: implantamos os Centros de Defesa Ambiental em todo o país, revisamos 100% dos planos de contingência, certificamos nossas unidades de normas internacionais relacionadas ao meio ambiente e segurança e investimos substancialmente em automação e monitoramento para prevenção de acidentes – com ênfase na área de dutos.
Em meados de 2004, aprovamos o Manual de Gestão de SMS e desenvolvemos o sistema de avaliação corporativo de implementação das diretrizes, denominado PAG-SMS. O instrumento orienta sobre procedimentos específicos para a implementação de cada uma das 15 diretrizes e padrões inovadores em gestão de riscos.
Implementação e perenidade da Política de SMS e as 15 Diretrizes
A efetivação das Diretrizes ocorreu de forma integrada e coordenada em toda a companhia, por meio do Programa de Segurança de Processo, iniciado em 2002. A primeira fase abrangeu a implementação em 16 unidades operacionais, além de treinamento e conscientização. No ano seguinte, com o sistema de governança estruturado pelo Comitê de Gestão de SMS, expandimos para as demais unidades.
Em meados de 2004, aprovamos o Manual de Gestão de SMS e desenvolvemos o sistema de avaliação corporativo de implementação das diretrizes, denominado PAG-SMS. O instrumento orienta sobre procedimentos específicos para a implementação de cada uma das 15 diretrizes e padrões inovadores em gestão de riscos.
Em 2005, incorporamos novas exigências de SMS para os processos de contratação de serviços, e no ano seguinte concluímos a implementação. A continuidade e o aprimoramento da gestão se deram por meio de projetos vinculados ao Plano Estratégico, refletindo, nos anos seguintes, no Projeto Estratégico Excelência em SMS e nos Projetos Estratégicos Mudança do Clima e Eficiência Energética.
Ao longo dos processos, foram desenvolvidos sistemas de informação corporativos com a proposta contínua de novos indicadores de SMS, novos programas e muito outros avanços na gestão. Assim como o trabalho e as pessoas, as diretrizes evoluem e aprimoram-se em meio a novos desafios.
Evoluindo com a sociedade
Nossa maturidade sobre a gestão de SMS é percebida nos resultados alcançados pela companhia, mais precisamente no Relatório de Sustentabilidade – publicação com mais de 30 indicadores relacionados à segurança e saúde, resíduos, emissões, consumo de água, e outros. Além da evolução positiva, é possível verificar a manutenção dos resultados em níveis de excelência cada vez mais rigorosos.
Toda essa trajetória, iniciada há 25 anos, demonstra nossa capacidade de aprendizado e transformação. A partir de uma grande crise, aperfeiçoamos processos e padrões; investimos em recursos e capacitações; e mobilizamos equipes e cidadãos em função de estratégias que visam à preservação do meio ambiente, à assistência à saúde e à eficácia da segurança em nossas instalações.

Primeiro Congresso Petrobras de SMS fez história na companhia
O primeiro Congresso Petrobras de SMS marcou o início de um novo capítulo na nossa história, com um debate que inspirou toda a força de trabalho e lideranças. Essa inspiração reverberou em iniciativas desdobradas para a cadeia de petróleo e gás. O evento, realizado entre os dias 2 e 5 novembro de 2009, foi uma imersão nas discussões relacionadas à gestão de SMS, lançando luz sobre a segurança operacional, proteção ao meio ambiente e saúde ocupacional.
A mensagem do congresso foi de consolidação da cultura de SMS na companhia, a partir da união da força de trabalho da área, para refletir sobre o tema e inspirar iniciativas com uma visão integrada de SMS. O evento também incentivou, nos anos subsequentes, que empresas parceiras e prestadoras de serviço dessem protagonismo ao SMS, dentro e fora do setor de óleo e gás.
Vale situar ainda que o encontro ocorreu em um contexto maior de crescimento da Petrobras, já que, em 1º de maio de 2009, foi extraído o primeiro óleo do pré-sal, no campo de Tupi, na Bacia de Santos (RJ). O SMS caminhava, assim, em paralelo com o avanço do desenvolvimento da produção de petróleo e gás no Brasil, marcado no DNA do nosso negócio.
Bastidores e destaques do congresso
O congresso foi apresentado em um formato dinâmico, tendo o fator humano como prin-
cipal direcionador. A programação reuniu salas temáticas e palestras simultâneas, além de workshops e mesas redondas com a participação de especialistas. Entre os assuntos abordados, destaque para temáticas como sustentabilidade, licenciamento ambiental, resíduos e áreas impactadas, saúde do trabalhador, aprendizado com acidentes, relacionamento com comunidades, permissão para trabalho, recursos hídricos e efluentes e segurança de processos.
O objetivo do congresso foi concentrar, em um só evento, a divulgação de boas práticas e troca de experiências, de modo a otimizar tempo e recursos. A proposta foi disseminar e compartilhar conhecimentos e saberes.
A mensagem do congresso foi de consolidação da cultura de SMS na companhia, a partir da união da força de trabalho da área, para refletir sobre o tema e inspirar iniciativas com uma visão integrada de SMS.

Durante os preparativos do evento, foi criado um Grupo de Trabalho, com inúmeras reuniões de planejamento e idealização, além de apresentações nos Comitês ordinários de SMS. Essa trajetória envolveu a definição do programa, identificação das contratações necessárias, ensaios e, finalmente, a realização do encontro. Houve também um jornal cobrindo toda a programação do congresso, enquanto acervo histórico.
Um dos momentos mais especiais do congresso foi a cerimônia de premiação dos vencedores da terceira edição do Prêmio Petrobras de SMS, que teve 42 trabalhos inscritos, sendo 12 deles contemplados, com temas como “Luz, câmera e SMS”, “Guia de Análises de Anomalia de SMS”, “Protetor de Mãos” e “Índice de Práticas Ambientais Corretas”.
Outro destaque foi a infraestrutura do evento, que disponibilizou um ambiente com notebooks, no qual os profissionais puderam cadastrar seus perfis na ferramenta Páginas Amarelas, no Sinapse – sistema que concentrava a base de conhecimento da Petrobras. Havia também, no congresso, um espaço dedicado a apresentar a Estação SMS. Esse projeto de tour virtual pela empresa servia para a identificação de riscos e soluções de SMS, evidenciando que a inovação sempre foi um investimento para estarmos à frente do nosso tempo.

8 palestras distribuídas por sala
3 dias = 24 palestras
42 trabalhos (Prêmio Petrobras de SMS)
3 dias de evento
5 temas (Gestão, Segurança, Meio Ambiente, Saúde e Articulação e Contingência) + Prêmio Petrobras de SMS
Participação 2.311 pessoas
Primeiro Congresso de SMS realizado em 2009
O congresso foi apresentado em um formato dinâmico, tendo o fator humano como principal direcionador. A programação reuniu salas temáticas e palestras simultâneas, além de workshops e mesas redondas com a participação de especialistas.

Congresso de SMS realizado em 2024

Programa Compromisso com a Vida: um pacto pela vida
Ao longo da nossa história, temos demonstrado que é possível conciliar inovação, desenvolvimento e respeito pela vida. Em outubro de 2016, lançamos o Programa Compromisso com a Vida (PCV), em resposta a um cenário crítico de segurança, saúde e meio ambiente. O programa foi criado para enfrentar altos índices de acidentes de trabalho e vazamentos, que comprometiam a segurança dos colaboradores, a operação, a imagem e reputação da empresa.
Sob a liderança da presidência e desenvolvido por uma equipe com ampla experiência operacional, o PCV estabeleceu metas ambiciosas: fatalidade zero e vazamento zero.
Neste contexto, a Gerência Executiva de SMS teve a missão de promover uma mudança profunda, desempenhando papel fundamental na articulação entre diretorias, gerências e colaboradores para consolidar o programa como um compromisso institucional.
A implementação seguiu fases estruturadas, com acompanhamento rigoroso de indicadores e envolvimento ativo da liderança em campo, promovendo a cultura de prevenção e permitindo interromper tarefas inseguras.
O PCV alcançou todos os empregados, próprios e contratados, por meio de treinamentos digitais que garantiram, por exemplo, a disseminação das Regras de Ouro em todas as unidades, sem impactar as operações.
Missão cumprida
O programa foi criado para enfrentar altos índices de acidentes de trabalho e vazamentos, que comprometiam a segurança dos colaboradores, a operação, a imagem e reputação da empresa.
Com a implementação do programa, houve uma redução significativa de acidentes e uma transformação cultural consolidada, com comunicação transparente e foco no aprendizado contínuo. Processos foram aprimorados, com revisões constantes baseadas nas lições aprendidas, e a cultura de segurança passou a ser um valor intrínseco à nossa operação diária.
O PCV é um marco na gestão de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da Petrobras, composto por projetos estruturantes que refletem nosso alinhamento ao Plano Estratégico e aos Compromissos ASG (Ambientais, Sociais e de
EVOLUÇÃO: PROGRAMA COMPROMISSO COM A VIDA
Ciclo 3 | 2018-2019

Ciclo 5 | 2021













Tecnologia






Ciclo 6 | 2022
OSegurança cupacional
Segurança de Processo
Aprendizado Organizacional


Ciclo 9 | 2025
Contingência
Humanos e Ergonomia




Saúde e Vigilância Programa COMPROMISSO
SMS na Gestão de Portfólio
Sustentabilidade Ambiental
Contingência






Governança). Com base nos princípios da nova Política de SMS, o programa foi concebido para alcançar nossas ambições de Zero Fatalidades e Zero Vazamentos, ao mesmo tempo em que reforça nossa busca incessante pela excelência em segurança, meio ambiente e saúde



Em 2026, o Programa completará uma década de existência cuidando do nosso maior patrimônio, as pessoas, transcendendo números e processos, sendo um verdadeiro pacto pela vida, segurança e bem-estar de todos que fazem parte da nossa história.
Saúde e Vigilância
Baixo Carbono
Meio Ambiente
Fatores Humanos e Cultura de SMS
SEGURANÇA OPERACIONAL SAÚDE E BEM ESTAR
MEIO AMBIENTE

2. Segurança: cultura que salva vidas
Os pilares que sustentam nossa cultura de prevenção e cuidado com a vida

Regras de Ouro: um marco na segurança
A segurança é um valor para nós e entendemos que a adoção de regras claras e padronizadas torna os processos táticos e operacionais mais seguros, fortalecendo nossa cultura de segurança.
Nesse sentido, lançamos, em 2015, as Regras de Ouro, seguindo as orientações da International Oil and Gas Producers (IOGP). Na época, foi realizado um detalhamento dos acidentes fatais ocorridos na Petrobras entre 2004 e 2015, analisando suas causas mais frequentes. A partir desse estudo, identificamos quais regras deveriam ser implementadas na companhia. O levantamento mostrou que 80% dos acidentes analisados poderiam ter sido potencialmente evitados com a adesão total das Regras de Ouro.
Ao todo, são dez regras que tratam de temas diversos, com o objetivo de tornar os processos mais seguros, influenciando e fortalecendo a cultura de segurança da companhia. A aplicação sistemática das regras tem potencial para assegurar a redução consistente do número de acidentes e fatalidades nas atividades e operações da Petrobras.
Um ano após o lançamento das regras, foi implementado, em 2016, o Programa Compromisso com a Vida. Uma das iniciativas do programa foi a elaboração do treinamento das Regras de Ouro, criado em formato de Ensino a Distância, o que era inovador para aquele momento.
As Regras de Ouro seguem as orientações da International Oil and Gas Producers (IOGP).

Regra de Ouro: Espaço Confinado

REGRAS DE OURO




Em 2015, adotamos um indicador de segurança que permitia nossa comparação com as demais indústrias do petróleo: a Taxa de Acidentados Registráveis (TAR).
Regra de Ouro: Trabalho em Altura

De acordo com nosso Relatório de Sustentabilidade de 2017, 185 mil profissionais foram treinados na ocasião, entre empregados próprios, terceirizados, cadeia de fornecedores e visitantes. O conteúdo elaborado para o treinamento conta com exemplos abrangentes e motivadores da aplicação das regras, que dispõem de orientações com foco na prevenção de acidentes, na preservação da vida e do meio ambiente. Também abordam comportamentos e cuidados aplicáveis às atividades operacionais do dia a dia.
Um ganho de segurança para a companhia
Ainda no ano de 2015, adotamos um indicador de segurança que permitia nossa comparação com as demais indústrias do petróleo: a Taxa de Acidentados Registráveis (TAR). Na ocasião, nossa taxa era de 2,15.
A partir da criação das Regras de Ouro e da implementação do Programa Compromisso com a Vida, melhoramos nossos índices e continuaremos a buscar cada vez mais segurança em nossas operações.

Regra de Ouro: Permissão para Trabalho
Regra de Ouro: Equipamentos de Proteção Individual

Fundamentos de Segurança de Processo: foco na prevenção de acidentes
A iniciativa de Fundamentos de Segurança de Processo (FSP), criada em 2019 como parte do Programa Compromisso com a Vida, nasceu para fortalecer a cultura preventiva nas nossas operações. Mais do que um conjunto de regras, os fundamentos traduzem lições aprendidas em diretrizes claras e aplicáveis, visando evitar acidentes graves, como explosões, incêndios ou vazamentos de produtos tóxicos que podem comprometer vidas, instalações e o meio ambiente.
O diferencial dessa abordagem está na transformação de experiências reais em mensagens diretas e práticas, tornando o conhecimento técnico acessível para aplicação cotidiana. A implementação ocorreu de forma estruturada e em duas etapas estratégicas. Primeiro, capacitamos os pontos focais e apoios locais das nossas diversas áreas de negócio, que se tornaram multiplicadores em suas áreas. Em seguida, expandimos o treinamento para as frentes operacionais – trabalhadores próprios que atuam em plataformas, refinarias, plantas-piloto e áreas diretamente ligadas à segurança de processo.
A incorporação dos fundamentos às rotinas operacionais permitiu uma análise crítica dos aspectos mais relevantes, orientando planos de melhoria contínua e o aperfeiçoamento dos processos de segurança. Esse movimento gerou importantes aprendizados organizacionais:
- A comunicação objetiva e visual potencializa o engajamento e facilita a adoção de boas práticas.
- O compromisso ativo da liderança é determinante para o sucesso da iniciativa, especialmente quando integrado aos planos e metas corporativas.
- O foco em boas práticas operacionais permite uma atuação preventiva, complementando as análises reativas de incidentes.
- O uso de casos reais de nossas próprias instalações cria conexão emocional e senso de urgência, fortalecendo o aprendizado.
- O ambiente de confiança estabelecido entre equipes e liderança favorece a incorporação da experiência prática (trabalho real) aos padrões formais.
O diferencial dessa abordagem está na transformação de experiências reais em mensagens diretas e práticas, tornando o conhecimento técnico acessível para aplicação cotidiana.
OS FUNDAMENTOS DA SEGURANÇA DE PROCESSO
Siga os procedimentos operacionais e de manutenção: garante que as atividades sejam executadas conforme padrões estabelecidos, minimizando riscos.
Conheça e respeite os limites operacionais seguros: assegura que os sistemas operem dentro de parâmetros que preservam a integridade dos equipamentos.
Entenda e monitore as barreiras de proteção: promove a vigilância constante sobre os sistemas que previnem os eventos ou mitigam consequências de falhas.
Entenda e controle as fontes de ignição: reduz a probabilidade de incêndios e explosões, por meio do gerenciamento adequado de fontes de calor e energia.
Percorra a linha e certifiquese dos alinhamentos: confirma que tubulações, dispositivos e válvulas estejam na posição correta, garantindo que os fluxos de materiais sejam direcionados adequadamente.
Um olhar para o futuro
Os resultados positivos alcançados com os Fundamentos da Segurança de Processo demonstram que estamos no caminho certo, mas também indicam que é hora de avançarmos. Chegou o momento de expandir nossos horizontes e desenvolver novos fundamentos que incorporem as lições mais recentes e as tendências emergentes em segurança industrial. Esse próximo passo reforçará nossa jornada rumo à excelência operacional e nos consolidará como referência global em segurança de processo, alinhada ao nosso compromisso contínuo com a proteção da vida, do meio ambiente e dos nossos ativos.
—
A incorporação dos fundamentos às rotinas operacionais permitiu uma análise crítica dos aspectos mais relevantes.

Na sala de controle, cada indicador importa. FSP2 –Conheça e respeite os limites operacionais seguros para manter o processo sob controle e seguro.
FUNDAMENTOS DE SEGURANÇA DE PROCESSO


Os FSPs reforçam boas práticas de operação, já conhecidas, junto às frentes operacionais.
O que se espera é que dilemas enfrentados pelas frentes operacionais no atendimento aos FSPs sejam reportados e tratados pelos supervisores e líderes.
Os FSPs complementam as Regras de Ouro, trazendo foco às questões de Segurança de Processo.


Percepção de fatores humanos tem contribuído para o aprimoramento de nossas atividades
A Jornada Petrobras de Fatores Humanos foi lançada em 2021, durante o Congresso de SMS, no Cenpes. Ela é estruturada por cinco princípios fundamentais, que norteiam todas as nossas iniciativas.
Esses princípios não apenas refletem uma mudança cultural, como também guiam a reestruturação dos sistemas organizacionais para fomentar ambientes de trabalho mais seguros, resilientes e colaborativos.
A Jornada foi criada a partir da necessidade de evolução dos modelos tradicionais de segurança. Esses modelos, embora úteis em fases anteriores do desenvolvimento industrial, já não se mostravam suficientes para responder aos desafios atuais: interfaces tecnológicas complexas, decisões dinâmicas em tempo real e mudanças geopolíticas globais.
Ao percebermos essa lacuna, demos início a um processo de transformação, cuja essência é reconhecer o ser humano não como o problema, mas como a solução para a construção da segurança e da excelência operacional.
A Jornada é direcionada a todos os públicos internos e parceiros da companhia, com atenção especial às lideranças formais e informais, aos trabalhadores da linha de frente e aos profissionais que são referência técnica. Ela está consolidada em estágios interdependentes, compondo um processo contínuo de aprendizado:
- Engajamento das lideranças, por meio de iniciativas específicas de Fatores Humanos.
- Fluência nos fundamentos, com capacitações estruturadas em níveis de formação.
- Aprendizagem operacional, com inserção prática dos conceitos no trabalho real.
- Alinhamento e integração dos processos e sistemas organizacionais.
- Resiliência organizacional, quando a empresa se torna capaz de “aprender a aprender” e de lidar com falhas de forma segura e construtiva.
A Jornada foi criada a partir da necessidade de evolução dos modelos tradicionais de segurança.
Princípios de FATORES HUMANOS da Petrobras
PFH 2
PESSOAS CRIAM SEGURANÇA
Projetos, sistemas e processos de trabalho são naturalmente imperfeitos. São as pessoas, através das suas ações diárias, que tornam os projetos, sistemas e processos mais seguros. Pessoas não são o problema, são a solução.
PFH 4
APRENDER E MELHORAR É CHAVE PARA O SUCESSO
O saber fazer está nas pessoas. Aprender com o trabalho real, ouvindo ativamente as equipes, permite identificar e corrigir proativa e continuamente os problemas relacionados ao trabalho, retroalimentando projetos, sistemas e processos.
PFH 1
CONFIANÇA É FUNDAMENTAL
Nossas relações são baseadas na premissa de que todos buscamos sempre o melhor resultado. O líder deve estimular um ambiente de confiança que fomente a autonomia com responsabilidade, promovendo o engajamento e facilitando o aprendizado.
PFH 3
COMO RESPONDEMOS ÀS FALHAS IMPORTA MUITO
O erro é sempre o ponto de partida e não a conclusão de uma investigação. Ninguém trabalha para errar, embora possa cometer erros em ações bem intencionadas. Focar apenas na culpa pode comprometer a confiança e o processo de aprendizagem e melhoria, fundamentais para uma cultura justa.
PFH 5
O CONTEXTO DIRECIONA O COMPORTAMENTO
A cultura organizacional influencia o contexto que direciona o comportamento das pessoas. O comportamento pode ser uma expressão do problema.
Um dos marcos significativos dessa implementação foi a realização de três turmas de Pós-Graduação em Fatores Humanos e Segurança Operacional na PUC-RS, entre 2022 e 2025, formando profissionais altamente capacitados que hoje atuam como referentes técnicos, inseridos diretamente nas áreas operacionais. Além do suporte especializado local, eles fomentam a fluência em Fatores Humanos, fortalecendo a aprendizagem organizacional e garantindo que o conhecimento se traduza em práticas locais.
Observa-se uma significativa mudança na cultura organizacional, com o fortalecimento da confiança entre líderes e equipes, e o desenvolvimento da aprendizagem com o trabalho normal – interagindo e aprendendo com as frentes de trabalho. Processos organizacionais críticos, como investigação de acidentes, auditorias e análises de risco, estão evoluindo em consonância com a Jornada, aprimorando-se à prática e disciplina operacional. O apoio dos referentes técnicos tem potencializado essas mudanças, fazendo com que a implementação


Processos organizacionais críticos, como investigação de acidentes, auditorias e análises de risco, estão evoluindo em consonância com a Jornada, aprimorando-se à prática e disciplina operacional.


Aprender e melhorar é a chave para o sucesso
Pessoas criam segurança
da Jornada tenha consistência e profundidade, atuando nos problemas sistêmicos e aumentando a eficácia das salvaguardas organizacionais e da resiliência.
A Jornada Petrobras de Fatores Humanos tem demonstrado uma mudança cultural real, com envolvimento genuíno de todos os níveis da organização, gerando um aprendizado coletivo consistente. Suportada pelos seus cinco princípios, ela também promove operações mais seguras em ambientes de alta complexidade, integrando teoria e prática. Dessa forma, a Jornada Petrobras de Fatores Humanos e seus cinco princípios não apenas respondem aos desafios dos sistemas da indústria, como também preparam a organização para se tornar líder na transição energética justa, construindo um futuro mais sustentável.
—
A Jornada Petrobras de Fatores Humanos tem demonstrado uma mudança cultural real, com envolvimento genuíno de todos os níveis da organização, gerando um aprendizado coletivo consistente.

Confiança é fundamental.

3. Meio Ambiente: sustentabilidade como
legado
O reflexo do nosso comprometimento com a sustentabilidade e conservação da natureza



tivas de proteção ao Meio Ambiente e às pessoas estão conectadas ao nosso valor Sustentabilidade e demonstram, incessantemente, que o Meio Ambiente está no DNA da nossa companhia.
Iniciativas traduzem na prática os nossos compromissos
A consolidação dos nossos compromissos com a sustentabilidade se reflete em resultados expressivos, amplamente divulgados em relatórios de Sustentabilidade. Ao longo dos
últimos anos, esses registros demonstram, de forma clara, que nossas ações estão alinhadas ao nosso planejamento estratégico, traduzindo-se em avanços concretos e significativos.
Em 2024, no Compromisso de Água, reutilizamos 37 milhões de metros cúbicos de água em nossos processos operacionais – volume equivalente ao abastecimento anual de uma cidade com 700 mil habitantes –, gerando uma economia estimada de R$ 20 milhões em custos de captação. No Compromisso de Resíduos Sólidos, em 2023, concluímos um processo de seleção públi-
Projeto Guapiaçu: Recuperação Florestal
A consolidação dos nossos compromissos com a sustentabilidade se reflete em resultados expressivos, amplamente divulgados em relatórios de Sustentabilidade.

Estação Ecológica do Jataí: Projeto de Reflorestamento
ca com foco na coleta e destinação adequada de resíduos sólidos recicláveis, além de iniciarmos uma parceria com três projetos sociais na região metropolitana do Rio de Janeiro para o encaminhamento de resíduos sólidos à reciclagem.
Ainda nessa iniciativa, fizemos a aquisição de um moinho de entulhos para o antigo Gaslub, atual Complexo de Energia Boaventura, para o qual destinamos 569 metros cúbicos de entulho, que foram reciclados e utilizados dentro do site, evitando o envio desse material para aterros.
No Compromisso de Biodiversidade, alcançamos, ao final de 2024, a marca de 80% das nossas instalações dispondo de Planos de Ação em Biodiversidade (PAB) e, até o final de 2025, alcançaremos 100% das instalações. Em consonância com os estudos conduzidos quando da elaboração dos planos, algumas ações estão em estágio de implementação e merecem destaque por seus resultados, como é o caso do Projeto Guapiaçu, que entre 2022 e 2023, restaurou 20 hectares de áre -
as prioritárias para corredores de floresta ombrófila mista, acompanhado do monitoramento de mamíferos ameaçados de extinção, como onça, paca, muriqui-do-sul e anta. O projeto faz parte do PAB do Complexo de Energias Boaventura, integrado com a Unidade de Tratamento de Gás de Itaboraí (RJ), e ainda foi responsável pela recuperação de 5 hectares de manguezal na região da Baía de Guanabara (RJ).
Outra iniciativa que merece destaque e que contribui com o impacto líquido positivo em áreas vegetadas até 2030 é o Projeto de Reflorestamento na Estação Ecológica do Jataí, em São Paulo, que visa reflorestar 392 hectares de vegetação nativa do bioma Cerrado. Até o momento, 288.895 mudas já foram plantadas, representando mais de 73% do objetivo do projeto. Os indicadores ecológicos são promissores: a biodiversidade está florescendo, com uma média de 50 espécies diferentes de plantas regenerantes identificadas, indicando um ecossistema em rápida recuperação.

O licenciamento por áreas geográficas mudou os rumos do país
No início do século XXI, a Petrobras e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) iniciaram tratativas para desenvolver processos de licenciamento por áreas geográficas.
A área geográfica da Bacia de Campos foi a primeira a ser licenciada com essa nova estratégia. Em seguida, processos semelhantes ocorreram nas áreas geográficas do Espírito Santo, Sergipe-Alagoas e Bacia de Santos.
Os resultados do licenciamento por áreas geográficas contribuíram de maneira significativa para o avanço da Petrobras nos últimos 25 anos, com destaque para a viabilidade da exploração da região conhecida como pré-sal, permitindo, em etapas subsequentes, a elaboração de planos de avaliação das descobertas e o desenvolvimento da produção.
Essa estratégia, construída junto ao IBAMA, otimizou procedimentos e garantiu o planejamento de projetos em escala. Um marco histórico que mudaria, definitivamente, os rumos do desenvolvimento econômico e social do país, consolidando a participação do Brasil na geopolítica do petróleo entre os maiores produtores mundiais.
Uma breve história do licenciamento
Até o início dos anos 1990, o Brasil ainda não possuía uma legislação ambiental específica
Os resultados do licenciamento por áreas geográficas contribuíram de maneira significativa para o avanço da Petrobras nos últimos 25 anos.
que controlasse as atividades de exploração e produção de petróleo e gás. O IBAMA foi criado em 1989 e, somente em 1993, estabeleceu os procedimentos que deveriam ser observados para o licenciamento das atividades de E&P.
Em 1997, a Lei do Petróleo (Lei nº 9.478) representou a abertura do mercado no Brasil. Nesse momento, foi definida a participação da Petrobras nas localidades em que já estava produzindo. Dessa forma, foram emitidas, em 1998, as licenças prévias de perfuração para os campos e blocos na costa brasileira cujos direitos exploratórios pertenciam à nossa companhia.
Desde então, todas as atividades de exploração e produção em ambientes marítimos possuem seus processos de licenciamento sob a competência do IBAMA.

O licenciamento por áreas geográficas foi um marco que viabilizou as atividades de exploração e produção na costa brasileira, além de propiciar importantes ganhos no desenvolvimento dos nossos projetos.
blocos à época. Em 2024, a Licença de Operação foi renovada, com a inclusão da ampliação requerida, autorizando a atividade de perfuração e completação de 80 poços por ano, com validade de dez anos. A possibilidade de manter atividades exploratórias na Bacia de Campos também foi fundamental para permitir a revitalização de campos maduros.
Assim sendo, o licenciamento por áreas geográficas foi um marco que viabilizou as atividades de exploração e produção na costa brasileira, além de propiciar importantes ganhos no desenvolvimento dos nossos projetos. Uma conquista que avultou o papel da Petrobras na sociedade, abrindo caminhos e oportunidades em toda a cadeia de petróleo e gás do nosso país.

Promovendo inovação e sustentabilidade na exploração e produção offshore

Descomissionamento sustentável: compromisso ambiental e geração de valor
A indústria de óleo, gás e energia opera com projetos de longa duração, cujos campos podem ter vida útil de décadas de atividade operacional. Esse ciclo é dividido em quatro fases: exploração, desenvolvimento, produção e descomissionamento. Esta última ocorre quando não há mais viabilidade técnica ou econômica para manter um campo ativo, exigindo a desmontagem de estruturas offshore e onshore e a destinação adequada de seus componentes — como plataformas, risers, manifolds, Árvores de Natal, dutos e outros.
No Brasil, o tema ganhou relevância regulatória a partir de 2020, com a Resolução ANP nº 817/2020. Já na Europa, desde 1958, a Convenção de Genebra estabelecia regras. A Convenção MARPOL (1973–1978) também alertou para os impactos da destinação inadequada de resíduos no mar, reforçando a necessidade de alternativas sustentáveis.
Com isso, demos um passo significativo em direção à sustentabilidade e à gestão responsável de resíduos, por meio do trabalho de grupos específicos que propõem soluções inovadoras para a destinação sustentável de embarcações, incluindo a avaliação e o aprimoramento do processo de descarte de linhas flexíveis e umbilicais — resíduos que contêm materiais recicláveis como aço e polímeros.
Um marco importante foi o descomissionamento do FPSO Capixaba, enviado para reciclagem em estaleiro certificado na Dinamarca. As plataformas P-32 e P-33 seguiram diretrizes semelhantes, o que nos rendeu reconhecimento público da ONG Ship Breaking Platform por nossas práticas sustentáveis.
A Petrobras vem aprimorando seus processos e adotando critérios de descomissionamento que deixem inequívoco nosso compromisso com a sustentabilidade, segurança e viabilidade técnica. Reconhecemos o potencial de reaproveitamento de resíduos no processo de descomissionamento e, quando não há projetos internos viáveis, realizamos leilões sob responsabilidade dos novos proprietários, que devem seguir as legislações aplicáveis. —
A Petrobras vem aprimorando seus processos e adotando critérios de descomissionamento que deixem inequívoco nosso compromisso com a sustentabilidade, segurança e viabilidade técnica.

Com a entrada em vigor da Convenção de Hong Kong – Reciclagem Segura e Ambientalmente Correta de Navios –, o Brasil já demonstrava alinhamento às suas diretrizes, especialmente pelas medidas adotadas. Buscamos agregar valor aos resíduos do descomissionamento, promovendo práticas mais restritivas e sustentáveis.
Uma das estratégias centrais mapeadas pelos grupos de trabalho é a priorização da contratação nacional para serviços de reciclagem, visando fomentar o mercado brasileiro de gerenciamento de resíduos. A atuação integrada de diversas áreas da Petrobras fortaleceu o entendimento do processo e consolidou nosso compromisso com a construção de um legado positivo.
As orientações contidas nas diretrizes estão alinhadas à nossa Política de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS), refletindo o nosso compromisso com as melhores práticas relacionadas a Ambiental, Social e Governança (ASG) da indústria mundial. Por meio dessas iniciativas, buscamos promover a segurança, gerar valor, garantir a sustentabilidade e, acima de tudo, respeitar as pessoas e o meio ambiente, consolidando nossa posição como uma empresa responsável e comprometida com um futuro mais sustentável.
Em complemento a essas iniciativas, em 2023, lançamos as “Diretrizes para Destinação de Embarcações”, que fornecem orientações claras sobre a destinação sustentável de plataformas ao final de seu ciclo de vida. Essa ação visa ampliar o monitoramento e o controle sobre a reciclagem dessas unidades, e garantir que nossas práticas estejam em conformidade com as melhores normas do setor. —
Em 2023,
lançamos
as “Diretrizes para Destinação de Embarcações”, que fornecem orientações claras sobre a destinação sustentável de plataformas ao final de seu ciclo de vida.
Plataforma P-33 acostando no Porto do Açu

4. Saúde: cuidar é nossa prioridade
A atenção integral ao bem-estar físico e mental de quem constrói essa história conosco


do por órgãos de controle, conselhos profissionais e sociedades técnicas.
Os resultados obtidos são imensuráveis, uma vez que tratam principalmente de prevenção de doenças, diagnósticos precoces e orientações terapêuticas, impactando diretamente a saúde e a vida das pessoas. Além dos expressivos resultados nas questões de saúde, houve também significativos benefícios para a companhia, como a redução de absenteísmo, a melhoria da produtividade e a redução de custos assistenciais de saúde.
A principal lição foi compreender a importância e relevância dos investimentos em cuidado integral com a saúde do trabalhador como estratégia de saúde e de negócio para a companhia.
A principal lição foi compreender a importância e relevância dos investimentos em cuidado integral com a saúde do trabalhador como estratégia de saúde e de negócio para a companhia.
Continuamos a investir em melhorias e incrementos no processo. Por meio de padrões e normas internas, cursos e capacitações, garantimos que as ações sejam reproduzidas com qualidade, mantendo o conhecimento gerado vivo e acessível.
Avaliação nutricional anual, disponível para todos os empregados e empregadas

Atendimento médico
Atendimento médico por telemedicina aos empregados e empregadas embarcados


Pandemia da Covid-19 e a Estrutura Organizacional de Resposta (EOR)
Entre 2020 e 2022, a pandemia da Covid-19 representou um dos maiores marcos da nossa história, com a criação da maior Estrutura Organizacional de Resposta (EOR) já formada pela companhia para enfrentar uma crise de saúde global. Esse período desafiador consolidou o papel estratégico da Saúde e Bem-Estar do Trabalhador e transformou para sempre a forma como atuamos a fim de proteger nossa força de trabalho, garantindo a continuidade das operações essenciais.
A doença, até então, era desconhecida, com alta transmissibilidade e impacto social e econômico sem precedentes. Nosso desafio foi imenso: cuidar da saúde de milhares de trabalhadores espalhados por diversas regiões do Brasil e do mundo, mantendo as atividades operacionais que são essenciais para o país, mesmo diante do risco iminente de contágio e das severas restrições sociais.
Desde os primeiros casos, em janeiro de 2020, com nossos trabalhadores em missão na China, até a formalização da pandemia em março, as equipes de diversas áreas do SMS e da Saúde do Trabalhador rapidamente se mobilizaram.
A criação da EOR Covid-19 envolveu centenas de profissionais dedicados, incluindo especialistas em saúde ocupacional, médicos, enfermeiros e técnicos, que atuaram diretamente na linha de frente do combate à doença, que durou mais de dois anos.
Nosso desafio foi imenso: cuidar da saúde de milhares de trabalhadores espalhados por diversas regiões do Brasil e do mundo, mantendo as atividades operacionais que são essenciais para o país, mesmo diante do risco iminente de contágio e das severas restrições sociais.

A
pandemia acelerou a transformação digital e organizacional da companhia, com a adoção massiva do teletrabalho, trabalho híbrido e serviços remotos. +168 mil +38 mil +4 mil +1000 +22 mil 22 +3 milhões
casos acompanhados
casos positivos detectados na triagem
situações vacinais
planos de ação dos incidentes gerados (IAPs) máscaras
notebooks entregues participantes e estrutura com 73 forças-tarefa
1,4 milhão
testes
Superando obstáculos diários
A imprevisibilidade do cenário e a falta de conhecimento técnico sobre o vírus foram alguns dos principais obstáculos enfrentados. Foi necessário desenvolver rapidamente protocolos de segurança, estabelecer hotéis sanitários, organizar voos específicos para deslocamento seguro dos trabalhadores, implementar sistemas avançados de monitoramento e controle de acesso, além de garantir a realização de testes diagnósticos e campanhas de vacinação.
Momentos críticos, como os picos de casos em julho de 2020 e janeiro de 2021 e a grave crise de oxigênio em Manaus reforçaram a necessidade de respostas rápidas e eficientes. Enfrentamos também as pressões de órgãos externos como Anvisa, Ministério Público e sindicatos, mantendo transparência e rigor técnico nas ações implementadas.
Além disso, a pandemia acelerou a transformação digital e organizacional da companhia, com a adoção massiva do teletrabalho, trabalho híbrido e serviços remotos — mudanças que permaneceram e moldaram o futuro da empresa.
Vacinação da força de trabalho Renest
Aprendizados que transformaram a empresa
O período da pandemia reforçou a importância estratégica da área de Saúde Ocupacional para a sustentabilidade da Petrobras. A experiência acumulada aprimorou a capacidade de resposta a emergências, consolidou metodologias de vigilância epidemiológica e fortaleceu a integração entre diversas áreas.
A necessidade de atualizar protocolos quase diariamente e de lidar com informações científicas em constante evolução fez com que as equipes desenvolvessem competências técnicas, colaborativas e inovadoras. A pandemia também evidenciou que a prioridade máxima
de qualquer empresa deve ser a preservação da vida e da saúde de seus colaboradores — um princípio que agora está ainda mais arraigado na nossa cultura corporativa.
Entre os principais resultados desse marco, destacam-se a manutenção da operação mesmo em condições adversas, a proteção efetiva da força de trabalho e a garantia de atendimento e suporte médico contínuo aos empregados e prestadores de serviço.
O conhecimento acumulado ficou registrado em dezenas de notas técnicas e segue em padrões corporativos que garantem a continuidade do aprendizado e da preparação para futuras crises.

Testagem de Covid 19 nos prédios administrativos

Programa Petrobras Bem-Estar materializou o cuidado com as pessoas
A criação do Programa Petrobras Bem-Estar (PPBEM), em 2024, materializa o nosso compromisso com o bem-estar organizacional e a saúde mental da força de trabalho, em alinhamento ao valor Cuidado com as Pessoas.
A criação do PPBEM representou uma construção coletiva que uniu o SMS e as gerências de Recursos Humanos, Comunicação, Jurídico, Responsabilidade Social, Ouvidoria, Transformação Digital e outras áreas de atuação transversal. O programa já nasceu robusto, com governança própria e abrangência para toda a companhia, promovendo o engajamento de diferentes áreas.
Em 2023, um passo importante pavimentou esse caminho: assinamos o termo de adesão ao Movimento Mente em Foco, do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil. No ano seguinte, nos tornamos a empresa embaixadora desse movimento que visa promover a saúde mental nas organizações brasileiras.
O Movimento Mente em Foco está baseado em seis compromissos relacionados à saúde mental: (1) ter um profissional de referência para o aconselhamento e atendimento; (2) oferecer orientação e manejo de crises; (3) garantir a avaliação permanente da força de trabalho; (4) manter gestores engajados e capacitados em relação ao tema; (5) criar um programa antiestigma; e (6) promover ações de incentivo à
A criação do PPBEM representou uma construção coletiva que uniu o SMS e as gerências de Recursos Humanos, Comunicação, Jurídico, Responsabilidade Social, Ouvidoria, Transformação Digital e outras áreas de atuação transversal.
saúde mental, como campanhas e iniciativas de promoção da saúde. A Petrobras assumiu como compromisso público atender, integralmente, aos seis compromissos até 2030, inserindo essa meta em seu Planejamento Estratégico.
Deve-se destacar também a criação da gerência de Bem-Estar Organizacional e da coordenação especial de saúde mental, dentro da estrutura da gerência geral de Saúde e Bem-estar do Trabalhador, simbolizando a necessidade de tratamento do tema da saúde mental e bemestar de forma estruturada e contínua.

Antecedentes e formação da rede de 400 agentes de bem-estar
Como antecedentes ao PPBEM, destacamos iniciativas de ciclos anteriores do Programa Compromisso com a Vida, como a criação do Comitê Intersetorial de Bem-Estar Organizacional, em 2016, e o lançamento do Manifesto de Bem-Estar, em 2022. Em 2023 foi constituído um grupo de trabalho, sob coordenação da gerência geral de Saúde e Bem-Estar do Trabalhador, por demanda da presidência, para estruturar o PPBEM. O lançamento oficial do programa foi realizado durante a Semana da Saúde, em abril de 2024.
Um dos maiores desafios à implantação do PPBEM foi a transição dos conceitos para a prática, especialmente em uma empresa com o porte, a diversidade e a complexidade da nossa companhia. O maior aprendizado obtido até agora foi comprovar que uma rede engajada é capaz de gerar transformação. A criação de comitês de bem-estar em todas as diretorias e a formação de uma rede com mais de 300 agen-
tes de bem-estar, em diferentes áreas, mostraram que pessoas dedicadas e engajadas em um propósito são capazes de promover mudanças no cotidiano de trabalho.
Essa grande rede e a implantação da governança do programa, com comitês em cada diretoria, foram conquistas significativas do primeiro ano. A articulação entre áreas, que antes atuavam isoladamente, também começou a modificar rotinas, gerando sinergias e facilitando a criação de ambientes mais saudáveis.
Relacionado ao Movimento Mente em Foco, houve ainda a criação do Indicador de Promoção da Saúde Mental (IPSM), que impulsionou a capacitação de lideranças e favoreceu a organização de eventos de combate à violência e a promoção de ambientes de trabalho saudáveis.
O PPBEM está gerando transformação em nossa companhia, movimentando discussões sobre o bem-estar como uma responsabilidade de todos, além de trazer, como resultado, lideranças mais sensíveis ao tema e times mais engajados.
Circuito Petrobras de Corrida e Caminhada 2024 - etapa Rio de Janeiro

5. Contingência: prontidão para todos os cenários
Os desafios que enfrentamos e as respostas que nos tornam mais resilientes

Baía de Guanabara: muitas lições aprendidas
Em janeiro de 2000, a Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, foi palco de um dos mais significativos acidentes ambientais envolvendo a Petrobras. O rompimento de um duto da Refinaria de Duque de Caxias (Reduc) causou o derramamento de aproximadamente 1,3 milhão de litros de óleo, atingindo ecossistemas costeiros da baia. A repercussão foi intensa, tanto nacional quanto internacionalmente, levando a discussões sobre segurança operacional e práticas preventivas na indústria de óleo e gás.
Imediatamente após o acidente, desafiados em nossa capacidade de gerenciar emergências, organizamos várias frentes de ação, como: operações de limpeza, com a mobilização de 2.398 pessoas, 96 embarcações e 24 mil metros de barreiras; avaliação do impacto ambiental; assistência a comunidades; e comunicação.
Equipes técnicas da empresa, junto a entidades ambientais, consultores nacionais e internacionais, delimitaram a extensão do vazamento, caracterizaram o óleo, realizaram avaliação ambiental e analisaram a qualidade sanitária e os possíveis efeitos no pescado.
Em cerca de 30 dias, quase todas as praias atingidas estavam limpas. Os resultados satisfatórios das análises de peixes, água e sedimentos permitiram a liberação total da pesca em março.
Evento contribuiu para o fortalecimento da nossa gestão
Em cerca de 30 dias, quase todas as praias atingidas estavam limpas. Os resultados satisfatórios das análises de peixes, água e sedimentos permitiram a liberação
total da pesca em março.
A partir desse episódio, fortalecemos nossa gestão, visando aprimorar estratégias de prevenção, detecção e mitigação. Foram formadas equipes especializadas em resposta a emergências e implantados sistemas de monitoramento e controle mais robustos. Investimentos em infraestrutura para prevenção de acidentes foram expressivamente aumentados, incluindo a instalação de sensores e válvulas automáticas nos dutos. A integração entre as áreas foi fortalecida com treinamentos contínuos e simulados de emergência.
Os planos de contingência foram alinhados a padrões internacionais e nosso compromisso com a transparência foi reforçado com medidas rigorosas de comunicação com a sociedade e órgãos reguladores em casos de emergências.

Foi criada uma rede nacional, que atualmente conta com 19 instalações pertencentes ao sistema CDA (Centros de Defesa Ambiental), com mais de 350 profissionais disponíveis 24 horas por dia, e equipamentos de alta capacidade para resposta a vazamentos de óleo.
Mais de duas décadas depois, usamos as lições aprendidas como marco para nossa evolução na gestão de riscos e emergências, focando na proteção ambiental e na segurança operacional. O episódio mostrou que é possível transformar desafios em oportunidades, alinhando práticas corporativas aos valores de sustentabilidade e proteção à vida
O legado institucional do acidente inclui a criação de programas vitais para fortalecer nossa cultura de segurança, como o Programa de Excelência em Gestão de SMS e Operacional
(PEGASO), o Programa de Melhoria Contínua (PMC), as Regras de Ouro e os Fundamentos de Segurança de Processo, a iniciativa Ambição Zero Fatalidade e o fortalecimento da área de meio ambiente da empresa.
O episódio mostrou que é possível transformar desafios em oportunidades, alinhando práticas corporativas aos valores de sustentabilidade e proteção à vida.
Vista aérea da Baía de Guanabara

Bonito
Durante a ocorrência
2.398
Atualmente pessoas mobilizadas
19
24 mil 96 +350
instalações do sistema CDA -Centros de Defesa Ambientalmetros de barreiras embarcações profissionais disponíveis 24 horas por dia

manguezal localizado na APA de Guapimirim, Baía de Guanabara

Sistema CDA: a resposta brasileira à emergência ambiental
No início dos anos 2000, o Brasil enfrentou dois dos mais graves desastres ambientais de sua história: os vazamentos de óleo na Baía de Guanabara e no Rio Iguaçu. Esses episódios expuseram fragilidades na nossa capacidade de resposta a emergências ambientais e geraram forte pressão pública e institucional. A resposta veio com a criação do Sistema CDA — Centros de Defesa Ambiental — uma estrutura inédita no setor de óleo e gás mundial, voltada à pronta resposta a vazamentos de óleo e derivados.
A iniciativa nasceu dentro do programa PEGASO (Programa de Excelência em Gestão de SMS e Operacional), com apoio direto de áreas como Refino e E&P e da Transpetro. O primeiro CDA foi inaugurado na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), em setembro de 2000, e se tornou referência internacional — inclusive recebendo a visita do então príncipe Charles, da Inglaterra, no ano de 2002.
A implantação dos primeiros nove centros envolveu a cessão emergencial de galpões operacionais e a assinatura de um contrato robusto, no valor aproximado de US$ 90 milhões, que incluía equipes em regime de prontidão 24 horas, embarcações, equipamentos e materiais especializados.
Atualmente, o Sistema CDA conta com 19 instalações distribuídas estrategicamente em todas as regiões do país, com equipes em constante prontidão para diferentes níveis de
O Sistema CDA (Centros
de
Defesa Ambiental) é uma estrutura
inédita
no setor de óleo e gás mundial, voltada à pronta resposta a vazamentos de óleo e derivados.

Vista aérea do CDA-AM

Manutenção de equipamentos do CDA
Os CDAs têm, também, papel relevante nos processos de licenciamentos ambientais e na promoção de capacitações e treinamentos teóricos e práticos com especialistas reconhecidos internacionalmente.
eventuais emergências, contando com mais de 120 mil metros de barreiras de contenção e absorção, motobombas, recolhedores de óleo, tanques de armazenamento, além de barcos e kits de resgate de fauna.
Alguns CDAs, como os de São Paulo e Rio de Janeiro, por suas localizações próximas a aeroportos, podem mobilizar rapidamente recursos para qualquer ponto do território nacional, incluindo áreas remotas como a da Margem Equatorial.
Os CDAs têm, também, papel relevante nos processos de licenciamentos ambientais e na promoção de capacitações e treinamentos teóricos e práticos com especialistas reconhecidos internacionalmente.
O Sistema CDA reafirma o nosso compromisso com a segurança operacional, a preservação ambiental e o cuidado com as pessoas. Ele é símbolo de uma virada institucional que transformou um momento crítico em um legado de excelência e prontidão — um modelo que inspira outras empresas da América Latina.
Equipes do Centro de Defesa Ambiental da Petrobras


Formação em U para ações de contenção e recolhimento

A evolução do Sistema de Comando de Incidentes (ICS): da emergência à excelência
Ao longo das últimas décadas, o mundo testemunhou uma série de desastres naturais, acidentes industriais e emergências que desafiaram os limites das organizações e serviços públicos. Para responder a essas situações de maneira coordenada e eficiente, foi desenvolvido o Sistema de Comando de Incidentes, mais conhecido pela sigla ICS (Incident Command System).
O ICS surgiu na década de 1970, nos Estados Unidos, impulsionado pela necessidade urgente de um método estruturado para enfrentar grandes incêndios florestais no estado da Califórnia. O marco inicial do desenvolvimento do ICS foi a criação do projeto FIRESCOPE (Firefighting Resources of California Organized for Potential Emergencies), uma resposta colaborativa entre várias agências estaduais e federais após uma série de incêndios devastadores entre 1970 e 1971. O desenvolvimento do ICS foi liderado por especialistas em gerenciamento de emergências, bombeiros e representantes das principais agências envolvidas no FIRESCOPE.
O objetivo fundamental era criar um sistema padronizado de comando, controle e coordenação que pudesse ser utilizado por múltiplas agências de resposta, independentemente do tipo ou escala do incidente. O ICS foi idealizado para ser flexível, escalável e adaptável, permitindo que organizações de diferentes tamanhos e naturezas pudessem trabalhar juntas em uma resposta coesa e eficiente.
A expansão do ICS para fora dos Estados Unidos aconteceu a partir das décadas de 1980 e 1990. A metodologia foi incorporada a protocolos internacionais de resposta a emergências, sendo adotada em países como Canadá, Austrália, Reino Unido e muitos outros, à medida que a globalização das práticas de gestão de riscos e a necessidade de respostas cada vez mais articuladas cresciam. O reconhecimento mundial do ICS foi impulsionado por grandes eventos, como o furacão Catrina em 2005, o ataque de 11 de setembro de 2001, o desastre de Macondo da plataforma Deepwater Horizon em 2010, que evidenciaram a importância de um modelo de comando funcional e flexível.
No Brasil, a implementação do ICS começou a partir dos anos 2000. O Centro Nacional de
No Brasil, a implementação do ICS começou a partir dos anos 2000. O Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CENAD) e a Defesa Civil Nacional foram pioneiros na introdução da metodologia.
Gerenciamento de Riscos e Desastres (CENAD) e a Defesa Civil Nacional foram pioneiros na introdução da metodologia. O processo de adaptação do ICS ao contexto brasileiro envolveu a tradução e customização dos manuais, além da capacitação de gestores e profissionais das áreas de segurança pública, meio ambiente, saúde e defesa civil.
Com o tempo, o ICS foi introduzido por empresas corporativas, especialmente aquelas inseridas em setores estratégicos e de alto risco, como a indústria do petróleo e gás.
Grandes empresas do setor adotaram o sistema para organizar suas respostas a situações como vazamentos, incêndios, explosões, acidentes marítimos e eventos de grande escala.
A evolução do Sistema de Comando de Incidentes (ICS) na Petrobras teve início em 2010, quando a companhia passou a adotar a metodologia sob o nome de Sistema de Gestão de Emergência (SGE), inicialmente como uma iniciativa da área de Exploração e Produção (E&P),
com o objetivo de aprimorar a gestão de emergências complexas e prolongadas. Em 2012, doze profissionais foram capacitados no exterior, marcando um passo importante na internalização do modelo. A partir de 2014, foram firmados contratos para treinamentos e simulados, ainda sob a liderança da E&P. Com os resultados positivos e a eficiência comprovada, o ICS foi gradualmente expandido para toda a companhia, sendo institucionalizado em 2017 com a assinatura de um contrato corporativo. Desde então, consolidou-se como a ferramenta única e padronizada de gestão de emergências na Petrobras, com a disponibilização de um manual corporativo e a adoção de software especializado que otimizam os processos de resposta, promovendo agilidade, integração entre áreas e maior capacidade de coordenação em situações críticas.
O ICS foi utilizado em simulados de grande dimensão, como o simulado em Bombinhas em 2018, que contou com mais de 600 integrantes, e os simulados da Margem Equatorial em 2023 e 2024, com mais de 700 participantes. Além disso, o ICS foi aplicado em emergências reais, como a resposta ao derramamento de óleo nas praias do Nordeste entre 2019 e 2020 e a gestão da pandemia de COVID-19 entre 2020 e 2022.
Grandes empresas do setor adotaram o sistema para organizar suas respostas a situações como vazamentos, incêndios, explosões, acidentes marítimos
e eventos de grande escala.
A implementação do ICS na Petrobras demonstra o compromisso da empresa com a segurança e a eficiência na gestão de emergências, garantindo uma resposta rápida e coordenada em situações críticas. À medida que o mundo segue enfrentando ameaças complexas e emergências cada vez mais imprevisíveis, o ICS continuará sendo um pilar fundamental para a gestão inteligente de crises, seja em operações de resposta a desastres naturais, na indústria do petróleo ou em qualquer área que exija excelência operacional e compromisso com a segurança.
Encerramento

“O Brasil é a soma de muitas culturas, sotaques, sabores, cores e de muitos patrimônios. Nos patrimônios do nosso país, que se somam, se mesclam e que solidificam conhecimentos, os 25 anos da Política de SMS da Petrobras, são um verdadeiro patrimônio nacional. A cultura de SMS da Petrobras ajuda a influenciar a cultura de SMS em todo o país. Acreditamos e afirmamos, todos os dias: pessoas criam segurança, e as organizações aprendem quando as pessoas aprendem. Para isso, é preciso construir ambientes de confiança. E qual é o papel das lideranças?
Elas são o elo crucial para a manutenção de uma cultura de segurança robusta — uma cultura que se renova, que se transforma, mas que mantém o essencial: a vida.”
Clarice Coppetti

Conselho
“SMS é valor para a Petrobras. Queremos a segurança como um aprendizado contínuo e a ambição de zero fatalidade como uma construção coletiva.”
Rosângela Buzanelli
Clarice Coppetti Diretora de Assuntos Corporativos
Rosângela Buzanelli
de Administração e Presidente do Comitê Estatutário de SMS
Encerramento

O legado que construímos e o futuro que almejamos
Ao chegarmos ao final desta revista comemorativa, celebramos não apenas um marco temporal, mas uma jornada de transformação profunda. Vinte e cinco anos de integração do SMS na Petrobras representam um quarto de século de aprendizado, superação e evolução constante na forma como protegemos vidas, cuidamos do meio ambiente e promovemos a saúde de toda a nossa força de trabalho.
Os marcos históricos que percorremos nestas páginas contam uma parte da história de integração do SMS. Cada passo foi fundamental para construir o que somos hoje: uma empresa que tem no SMS um valor inegociável e um diferencial competitivo.
Nossos avanços em segurança operacional, gestão ambiental, atenção integral à saúde e preparo para contingências moldaram uma cultura organizacional na qual o cuidado genuíno está presente em cada decisão tomada. Implementamos programas inovadores, desenvolvemos tecnologias proprietárias, estabelecemos diretrizes robustas e, principalmente, cultivamos uma cultura em que todos somos protagonistas na construção de ambientes seguros e sustentáveis.
O que nos trouxe até aqui não foi apenas o que conquistamos. É, sobretudo, a visão do que vamos construir juntos.
Ao olharmos para os próximos 25 anos, vislumbramos um SMS que:
- Será pioneiro na integração entre segurança, meio ambiente e saúde com as tecnologias emergentes da quarta revolução industrial – utilizando inteligência artificial, análise preditiva e automação para identificar e mitigar riscos antes mesmo que se manifestem, além da gestão dos fatores humanos.
- Aplicará intensivamente o uso de novas tecnologias repensando projetos e processos de trabalho, tornando-os intrinsicamente seguros, reduzindo assim a exposição ao risco da nossa força de trabalho.
- Consolidará um ambiente de trabalho seguro e saudável, reconhecendo que o bem-estar integral é fundamental para uma operação verdadeiramente segura, com segurança física e psicológica.
- Fortalecerá nosso cuidado para além de nossas operações, influenciando positivamente toda a cadeia de valor e as comunidades onde atuamos.
Flaubert Matos Machado Gerente Executivo SMS
- Contribuirá para uma empresa cada vez mais sustentável que gera um impacto ambiental líquido positivo nas atividades em que atua.
- Integrará plenamente os aspectos sociais, ambientais e de governança em cada decisão estratégica, tática e operacional.
Este futuro não é apenas desejável – é necessário e possível e será construído com a mesma dedicação, inteligência coletiva e compromisso com a excelência que nos trouxeram até aqui.
Agradecemos a cada profissional que contribuiu para essa história ao longo dessas décadas – desde quem concebeu a estrutura integrada de SMS até quem hoje incorpora esses valores em suas atividades diárias. O legado que construímos é resultado do trabalho e da paixão de uma força de trabalho comprometida e dedicada.
Que os próximos 25 anos sejam marcados por inovação constante, responsabilidade ampliada e resultados que nos encham de orgulho. Que possamos continuar sendo referência em cuidado com as pessoas e com o planeta, demonstrando que é possível conciliar excelência operacional com respeito absoluto à vida em todas as suas formas.
O SMS do futuro começa hoje, com cada decisão que tomamos e cada valor que reforçamos em nossas ações. Sigamos juntos nessa jornada, com a convicção de que estamos construindo não apenas uma empresa melhor, mas um mundo mais seguro, saudável e sustentável para as próximas gerações.
Somos protagonistas dessa história extraordinária.
Flaubert Matos Machado Gerente Executivo SMS
Agradecimentos
Agradecemos, profundamente, a todas as pessoas envolvidas, cujas contribuições foram essenciais para tornar esta edição possível. Cada colaboração, cada troca de ideias e cada gesto de apoio reforçam o valor da integração e do trabalho em equipe. Que este material inspire ainda mais conexões, aprendizados e ações em prol da segurança, da saúde e do meio ambiente. Nosso reconhecimento e nossa gratidão a todos e todas que caminharam conosco nesta jornada. Fica também um agradecimento especial para a equipe do RH/UP pela construção colaborativa e integrada do conteúdo e pela editoração e impressão da revista.
ADRIANO DE OLIVEIRA MARTINS (SMS/CRE/RSE-CO)
ANA BEATRIZ CASTRO LIMA SILVA CARVALHO (TIC/CORP/SPCI/PS-SMS)
ANA BEATRIZ DE SOUSA FERREIRA (SMS/LMA/MA)
ANDRE DIAS DE OLIVEIRA (SMS/LMA/LIE&P/EXP)
ANNA PAULA TAVARES DE ARAUJO (RH/UP/STD/SA)
ANTONIO ROBERTO SANCHES (EMPREGADO APOSENTADO)
BEATRIZ NASSUR (EMPREGADA APOSENTADA)
CARLOS ROBERTO GOMES DE CARVALHO (RH/UP/NEG/SMS)
CRISTIANA GUERRA (SMS/SA/GS/GIS)
EDILENE DOS SANTOS (SMS/SA/GS/GIS)
EDMIR BITTENCOURT SOUZA (EMPREGADO APOSENTADO)
FÁBIO BORGES MONTEIRO (SMS/DE&P/AIG)
FABIO LEANDRO ROSSI (SMS/ECES/SP)
GISELLE DE BRITO SILVA (SMS/GCS/APDS)
ILMA DOHER (RH/UP/NEG/SMS)
IRANI VARELLA (EMPREGADO APOSENTADO)
ISAAC RAFAEL WEGNER (SMS/DENGE/CONT)
JOÃO CARLOS DO AMARAL LOZOVEY (EMPREGADO APOSENTADO)
JOSÉ MAURO PORTILHO DE AVELLAR (SMS/LMA/LIE&P/EXP)
JOSUÉ EDUARDO MAIA FRANCA (RH/UP/NEG/SMS)
JULIANA VAZ BEVILAQUA (SMS/LMA/MA)
KATIA CHRISTINA FERREIRA (SMS/LMA/MA)
LUIS MENDONÇA (EMPREGADO APOSENTADO)
LUISA HELENA PINHEIRO SPINELLI (SMS/SA/AIS)
LUIZ EDUARDO VALENTE (EMPREGADO APOSENTADO)
LUIZ FELIPE FABRIS SILVA (SMS/CRE/AC)
MARISE COTTA GUIMARAES (SMS/GCS/APDS)
MARLENE SESSA LÉSTE (SMS/ECES/GS)
NEEMIAS REIS FERREIRA (SMS/CRE/RSPS)
NELLY MAYUMI KON (SMS/SA/AIS)
NILTON MARLÚCIO DE ARRUDA (EMPREGADO APOSENTADO)
RAFAEL AMARAL ALBUQUERQUE (SMS/SA/SAO)
RAFAEL COSTA GUERREIRO (SMS/LMA/MA)
RODRIGO FERNANDES DE OLIVEIRA (RH/UP/STD/SA)
RUBINEI RODRIGUES (SMS/CRE/RE)
RUI ANTONIO ALVES DA FONSECA (EMPREGADO APOSENTADO)
SIMONE PORTO (EMPREGADA APOSENTADA)
THAIS HELENA MACEDO DE LEMOS OLIVEIRA (SMS/CRE/AC)
THIAGO GONÇALVES DA LUZ (COM/CAR/CCN)