

Ateliê Escola Poéticas do território
Dados internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Fundação Itaú | Itaú Cultural
Poéticas do território / São Paulo : Fundação Itaú , 2025. (Ateliê de Ideias). 28 p. : il. color. ; PDF.
Inclui bibliografia. ISBN: 978-85-7979-205-2
1.Educação. 2.Ensino Fundamental. 3.Arte-educação. I.Fundação Itaú. II.Itaú Cultural. III.Itaú Social. IV.Título.
CDD 372.5
Bibliotecário Fernando Galante Silva CRB-8/10536
ESPAÇO DO EDUCADOR
apresentação
O Ateliê Escola do Espaço do Educador é uma parceria entre o Itaú Cultural e o Itaú Social destinada a professores dos anos finais do Ensino Fundamental. Nele, professoras e professores relatam experiências pedagógicas concretas e abordagens práticas relacionadas a conteúdos de arte e cultura em diversos componentes curriculares.
Este material oferece recursos para aprofundamento das atividades desenvolvidas, além de apresentar um panorama amplo sobre abordagens educacionais relacionadas ao tema proposto, poéticas do território
Boa leitura!
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São Paulo, 2025
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Poéticas do território
Quando pensamos em território, as primeiras imagens que nos vêm à mente provavelmente são as cartográficas: mapas e globos traçados por linhas que indicam fronteiras, definem estados ou diferenciam países. Essa impressão é reforçada pelos dicionários, que descrevem “território” como uma área administrada, sob controle e vigilância do Estado. No entanto, se essa abordagem política e jurídica predomina nos documentos oficiais, as práticas artísticas e as ciências humanas expandem a concepção ao propor o território não apenas como extensão geográfica, mas também como construção simbólica complexa que se realiza nas dinâmicas entre sujeitos e espaços, permeadas por relações de poder, afeto, identidade, linguagem e memória.
Território pode ser entendido como construção social resultante de ações de apropriação concreta e abstrata do espaço por agentes públicos e privados que representam interesses coletivos ou individuais. Esta ideia se aproxima da concepção de “território usado” do geógrafo brasileiro Milton Santos (1926-2001) e expressa o sentimento de pertencer àquilo que nos pertence.

território usado Espaço geográfico apropriado e transformado pelas relações sociais, políticas e econômicas, onde se materializam os valores, interesses e práticas dos diferentes atores sociais.
Luiz Olivieri
Vista da exposição Extraclasse, no Centro Cultural Banco do Brasil, Brasília, 2022
Foto de Joana França
O artista-educador Luiz Olivieri (1980) propõe a expressão “ponto de escuta”, análoga à ideia de “ponto de vista”. Nesse aspecto, defende que a construção de paisagens sonoras depende de nosso posicionamento espacial e de nossas decisões perceptivas.
No projeto artístico-pedagógico Extraclasse (2019-2021), Olivieri convidou estudantes do Ensino Médio a listar por 48 horas os sons que compunham a paisagem sonora de suas casas. Nesse levantamento surgem relatos sobre as experiências de coabitação: som de música funk, ruído do vento, ecos de tiros, canções de louvor, anúncio do carro do ovo. Essa diversidade sonora compõe uma cartografia da experiência urbana de aglomerações populacionais em comunidades periféricas.
Os filósofos franceses Gilles Deleuze (1925-1995) e Félix Guatarri (1930-1992) propõem o território como ato, como efeito de forças expressivas. O território, portanto, reflete a apropriação simbólica do espaço por meio de marcas de memória, conflitos e pertencimentos. Nesse sentido, as artes operam assim: ao marcar o espaço com gesto, cor, som ou forma, a arte lhe confere densidade simbólica e o transforma em território (por meio, por exemplo, da instalação de marcos, edificações, placas, rastros, inscrições). As poéticas do território implicam, portanto, práticas que vão além da simples ocupação física do espaço; são experiências de territorialização pelas quais inscrições e vestígios de imaginação, afeto e memórias produzem um movimento simultâneo de descoberta e fundação do lugar, como espaço vivido.
A arte contemporânea – da Land art às práticas da arte relacional, passando pelas proposições situacionistas e pelas expressividades da arte ambiental – expande os processos de reflexão sobre o território: não basta registrá-lo, mas reconstruir poeticamente uma área geográfica ou um trajeto percorrido a partir de novas relações entre arte, política e cotidiano
territorialização
Processo pelo qual forças ou elementos se organizam e se estabilizam em um território, atribuindo-lhe sentido, identidade e função simbólica dentro de uma dinâmica provisória.
arte relacional
Conjunto de práticas e processos em arte contemporânea que privilegia a criação de experiências e interações entre pessoas como o principal meio e sentido da obra, colocando o relacionamento humano no centro do processo artístico.

O artista Jorge Menna Barreto (1970), propõe o “pote paisagem”, composto por plantas nativas dos biomas brasileiros. Aqui o território é percebido e transformado a partir da alimentação. O projeto poético-político Restauro (2016), realizado na 32a Bienal Internacional de São Paulo, é um site-specific e, segundo o artista, também pode ser considerado uma escultura ambiental. Nessa obra, o sistema digestivo atua como ferramenta escultórica, uma vez que o acesso e a decisão de consumir ou não um alimento interfere diretamente na paisagem e nos sistemas ecológicos.
A obra opera como um restaurante realizado em parceria com Vitor Braz, Neka Menna Barreto e a Escola Como Como de Ecogastronomia. Diz o artista:
“Qual é a diferença de comermos um araticum e uma maçã?
Se pedirmos para uma criança desenhar uma árvore frutífera, vamos perceber que ela vai desenhar uma macieira, ela não vai desenhar uma árvore de araticum. Só que para produzirmos a maçã no Brasil, a gente precisa usar pelo menos sessenta banhos de pesticidas e maquinário pesado, com isso forçamos a terra local a produzir algo que não necessariamente tem vocação por conta de uma internacionalização do gosto, assim estamos substituindo a paisagem florestal pela paisagem de lavoura.”
Jorge Menna Barreto, entrevista concedida à equipe da Fundação Bienal de São Paulo, 2016.
Jorge Menna Barreto Processo de montagem do pote paisagem, no contexto da obra Restauro de Jorge Menna Barreto. 32a Bienal de São Paulo. São Paulo, 2016. (© Leo Eloy/ Estúdio Garagem; Fundação Bienal de São Paulo/ Arquivo Histórico Wanda Svevo).
Devemos considerar que, de forma geral, poética refere-se ao desenvolvimento de meios expressivos que unem pensamento crítico e experiência subjetiva . Embora sejam comumente associadas às artes, como literatura , poesia , dança , música , teatro ou artes visuais, as abordagens poéticas também podem estar presentes no ensino de outros campos de saber, não apenas na geografia e história , mas também nas ciências naturais e na matemática .
Há grandes benefícios em aliar à análise, aos métodos e às tecnologias dessas áreas à valorização da experimentação expressiva , da imaginação especulativa, da subjetividade e da criatividade . De fato, aproximar processos artísticos de estratégias de aprendizagem possibilita novas formas de engajamento na produção do saber. O estudante ganha modelos de investigação e reflexão sobre a realidade social, articulando diversas fontes de conhecimento às vivências , sensibilidades e formas de expressão próprias.
Mandacaru, xiquexique
Coroa-de-frade e quipá
Macambira, unha-de-gato
Jurema e caroá
A beleza dos espinhos
Ornamentam os caminhos
Onde eu gosto de andar.
Antônio Bispo dos Santos, A terra dá, a terra quer, 2023.
O poema de abertura do livro A terra dá, a terra quer de Antônio Bispo dos Santos (1959-2023), o Nêgo Bispo, mais do que uma catalogação botânica da caatinga, é uma abordagem poética e política que afirma o conhecimento do mundo a partir do movimento do corpo, da escuta e do vínculo com a terra.
Para o pensador quilombola, a poesia é ferramenta de aprendizado e memória vinculada à experiência vivida. Assim, declamar poesia, como defende, é uma maneira de preservar a ancestralidade e circunscrever o território.

Neste material, examinaremos os desdobramentos e possibilidades de aprofundamento de quatro experiências práticas de investigação do território, desenvolvidas por professoras e professores dos anos finais do Ensino Fundamental.
O professor Igor Caracas realizou com seus estudantes uma prática de investigação do espaço através de elementos da música, dança e consciência corporal, propondo um circuito de exploração de sons, gestos e texturas; o professor Levi Orthof propôs também uma investigação do espaço escolar, mas por meio da produção de “cadernos de viagem”, relacionando as produções de artistas viajantes das missões artísticas e científicas do século XIX com práticas artísticas contemporâneas; a professora Hertenha Glauce desenvolveu uma experiência extramuros baseada no teatro, convidando estudantes a explorar equipamentos culturais da região e suas relações com a comunidade e com o território que habitam; por fim, a professora Solange Ardila relata uma experiência na qual desenvolveu uma atividade em torno da instalação, propondo a produção de espacialidades a partir da análise crítica de relações entre elementos da arte brasileira a um panorama mais amplo da arte latino americana.
Essas práticas convidam professores de diversos componentes curriculares a refletir com estudantes sobre diversas acepções de territorialidade a partir de diferentes linguagens e práticas artísticas.
extramuros
Em contexto escolar, refere-se a atividades realizadas fora do espaço físico da escola.
Circuito sonoro dançante


Professor Igor Caracas
Igor Caracas é músico, compositor, cantor, educador, pesquisador e produtor musical cearense. Lançou o álbum Cada passo (2019) e o EP Quem se aproxima (2022). É doutorando em Processos de Criação Musical pela Universidade de São Paulo (USP) e leciona na educação básica e na pós-graduação. Atualmente, integra os grupos Casa Bagunçada, Ondas Dy Calor e Passarim e acompanha artistas como Benito di Paula (1941) e Manoel Cordeiro (1955).
Objetivos de aprendizagem
Reconhecer as potencialidades poéticas e sensíveis da relação do corpo com o espaço a partir da dança e música, investigando o movimento, o som e a consciência corporal.
Componentes Curriculares
Arte – Dança, Arte – Música e Educação física
Habilidades BNCC: EF69AR10; EF69AR11; EF69AR12; EF69AR14; EF67EF08
Lista de materiais e recursos indicados
• Objetos do cotidiano variados, como caixas de papelão, potes de plástico, tamboretes (bancos sem encosto de madeira, plástico ou couro), vassoura, plástico-bolha, peneira, entre outros apetrechos.
• Materiais naturais, como folhas secas, sementes, vagens secas, água em bacia pequena ou média (pode haver um pequeno regador ou escorredor de macarrão ao lado, caso o participante queira derramar água na bacia para produzir o som de água corrente).
Mariana Nunes. Gasolina Filmes/ Itaú Cultural
orientações para desenvolvimento da atividade
Que sons e movimentos os espaços nos despertam?
1. Iniciar a atividade com uma roda de conversa sobre como compartilhamos diferentes espaços (cidades, casas, escolas, meios de transporte) com pessoas, objetos, materiais e seres vivos de outras espécies.
2. Refletir com os estudantes sobre as características físicas desses seres e objetos, ressaltando aspectos visuais, táteis, sonoros, olfativos e gustativos deles.
3. Apresentar o conceito de som percussivo, explicando como o encontro entre diferentes matérias gera sons variados.
4. Demonstrar como diferentes toques (com as pontas dos dedos, unhas, pele ou luvas) em objetos diversos alteram o som produzido — mais agudo, mais grave, mais abafado, mais seco etc.
5. Convidar os estudantes a explorar livremente os objetos disponíveis, experimentando diferentes formas de contato e observando as variações sonoras resultantes dessa interação.
6. Propor uma exploração espacial pelos estudantes, permitindo que se movimentem pela sala e expressem corporalmente suas sensações nos espaços (retraindo-se em locais apertados e expandindo-se em áreas amplas).
7. Organizar um circuito com objetos de potencial sonoro. Orientar cada estudante a percorrê-lo, interagindo com os materiais por meio de gestos e escuta atenta, mantendo o fluxo até o final do trajeto.
8. Experimentar variações da proposta:
• Realizar contagem rítmica coletiva (“1, 2, 3, 4…”) para guiar o movimento do colega pelo circuito;
• Cantar uma música em grupo para orientar os gestos e o deslocamento do participante;
• Permitir que dois ou mais estudantes façam o circuito simultaneamente, criando uma dança sonora colaborativa.
9. Propor uma busca ativa por objetos e materiais sonoros em
outros espaços da escola. Permitir que os próprios estudantes escolham itens a serem incorporados ao circuito.
10. Estabelecer conexões com outras áreas do conhecimento:
• Investigar as origens dos materiais naturais utilizados (folhas, vagens, água etc.);
• Questionar a escolha dos materiais: De qual árvore vem essa folha? Onde essa árvore vive? Quais partes dela produzem som e por quê?
• Explorar conceitos físicos, como o estado da água e o impacto da altura na produção sonora (relacionando gravidade e intensidade do som).
Ressaltar a importância do movimento corporal como ferramenta de criação, expressão e comunicação e, desse modo, evidenciar a articulação entre aspectos motores e artísticos
aprofundamento
Incentive a expressão corporal e musical livre durante o circuito, sem julgamentos estéticos, promovendo a autoconfiança, a criatividade e a construção de uma linguagem pessoal.
Assista ao vídeo Esticar e alongar, de Igor Caracas e Carlos Eduardo Samuel, exibido no Performus’24 – 12º Congresso Internacional da Associação Brasileira de Performance Musical (Abrapem), evento realizado na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP) em 2024.
Leia o Caderno do Professor Escuta, descoberta, som e corpo de Igor Caracas, disponível no Espaço do Educador da Enciclopédia Itaú Cultural.
Conheça a produção de Hermeto Pascoal (1936-2025), multi-instrumentista e compositor brasileiro, cujas obras exploram ruídos cotidianos, vozes e sons da natureza.
Considere acessar a oficina Percurso nas artes para professores: a música e seus desdobramentos oferecida pela Escola Fundação Itaú. Esse curso capacita professores a utilizarem a música em sala de aula para estimular a sensibilidade para outras formas de perceber essa expressão. São apresentadas também maneiras de fazer música com o corpo e com os objetos do cotidiano.
Cadernos viajantes

Professor Levi Orhof
Levi Orhof é artista, pesquisador e professor. É doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Universidade de Brasília (UnB) e desenvolve trabalho em vídeo sobre deslocamentos, cartografias, astronomia e livros de artista. Como professor, cria aulas práticas para crianças e adolescentes por meio de exercícios dirigidos de observações, trocas e devaneios. Integra o grupo Vaga-Mundo: Poéticas Nômades.
Objetivos de aprendizagem

Relacionar arte, memória e geografia por meio da criação de “cadernos de viajantes” com inspiração em artistas da Missão Artística Francesa no Brasil e artistas contemporâneos que trabalham com diários visuais e derivas urbanas
Componentes Curriculares
Arte – Artes Visuais, Geografia e História
Habilidades BNCC: EF69AR04; EF69AR05; EF69AR06; EF07GE09; EF07HI02; EF08HI04
Lista de materiais e recursos indicados
• Papel sulfite A4 (dobrado ao meio) ou cadernos pequenos (A5 ou similar).
• Lápis grafite e lápis de cor.
• Lista de materiais e recursos opcionais
• Canetas de ponta fina (preta e coloridas).
• Régua, esquadro e compasso.
• Tesoura sem ponta.
• Revistas, jornais e papéis coloridos para colagem.
• Mapa impresso do entorno da escola (base para colagem).
• Equipamentos eletrônicos para registros em foto e vídeo.
Mariana Nunes.
A Lei n. 15.100/2025 oferece diretrizes para o uso de aparelhos eletrônicos portáteis de uso pessoal, como celulares, por estudantes da Educação Básica. A restrição de uso desses dispositivos em ambientes escolares promove maior engajamento de crianças e adolescentes com as propostas desenvolvidas em aula e tem por fim a proteção da saúde mental, física e emocional dos estudantes. A lei, no entanto, permite o uso desses equipamentos para fins pedagógicos com autorização do professor e em casos de acessibilidade, saúde e segurança. É conveniente certificar-se quais as diretrizes de aplicação dessa lei em sua escola.
orientações para desenvolvimento da atividade
Quais histórias e detalhes permanecem invisíveis no cotidiano?
1. Iniciar com a contextualização histórica dos cadernos de viajantes, apresentando exemplos de registros visuais e escritos — com desenhos, esboços e anotações — utilizados em expedições do século XIX. Explicar a função multidisciplinar desses cadernos, que serviam como diários de bordo, registros científicos e expressões artísticas.
2. Apresentar o contexto brasileiro, mencionando artistas viajantes do século XIX, como Johann Moritz Rugendas (1802-1858), Nicolas Antoine Taunay (1755-1830) e Jean-Baptiste Debret (1768-1848), que documentaram paisagens, culturas e cenas do cotidiano no Brasil do ponto de vista europeu. Promover a reflexão crítica sobre o “olhar estrangeiro” e suas implicações na representação do território e de seus habitantes.
3. Conectar o conteúdo histórico ao cotidiano dos estudantes, questionando como eles registram suas vivências do dia a dia. Instigar a comparação entre registros tradicionais e contemporâneos, como fotos e vídeos no celular.
4. Refletir sobre a característica subjetiva da observação, reforçando o fato de que um mesmo caminho não pode ser percorrido da mesma forma duas vezes.
5. Convidar os estudantes a criarem seus próprios cadernos de viajante com o objetivo de documentar três lugares da escola por meio de desenhos e anotações.
6. Distribuir os materiais e organizar os estudantes em pequenos grupos. Orientar os estudantes a escolher dos locais (como portão, árvore, corredor) e realizar os registros seguindo essas etapas:
• fazer um esboço geral do local (15 minutos);
• selecionar e registrar um detalhe específico que chame a atenção (10 minutos);
• anotar percepções sensoriais (cores, texturas, sons) e memórias suscitadas.
7. Solicitar que cada estudante escolha um dos três lugares para aprofundar o registro com:
• um desenho detalhado e colorido;
• um texto reflexivo, relacionando memórias, observações ou histórias pessoais ligadas ao local.
8. Compartilhar os registros, convidando estudantes voluntários a apresentar páginas de seus cadernos e conduzir uma roda de conversa sobre as descobertas feitas.
9. Refletir coletivamente sobre a importância da ressignificação dos espaços cotidianos a partir da observação atenta e do registro artístico.
10. Evidenciar as conexões da atividade com diferentes áreas do conhecimento, como História, Geografia, Arte e Ciências, destacando o equilíbrio entre teoria, prática e reflexão crítica, estimulando desse modo a observação ativa, a criatividade e a expressão pessoal.
11. Examinar o caderno de viajante como dispositivo de articulação entre arte, memória e observação crítica, ressaltando que todo registro é marcado por cultura, contexto social e subjetividade.
12. Encerrar a atividade reafirmando a proposta como um convite para os estudantes enxergarem com olhos de viajante até mesmo os lugares familiares, cultivando o olhar curioso, investigativo e poético sobre o cotidiano.
aprofundamento
Como desdobramentos possíveis, podem ser sugeridas atividades como:
• cartografias poéticas da escola ou do bairro;
• intervenções artísticas nos espaços registrados;
• diários de bordo em futuras saídas pedagógicas.
Leia o Caderno do Professor Cartografias para pequenos percursos de Levi Orthof, disponível no Espaço do Educador da Enciclopédia Itaú Cultural.
Investigue os conceitos de flâneur, de deriva e psicogeografia, bem como as demais propostas dos situacionistas.
Conheça o curso Milton Santos: cidadão do mundo e geógrafo das quebradas da Escola Fundação Itaú.
Conheça a produção do Grupo Vaga-Mundo: Poéticas Nômades, fundado em 2014 por artistas de diferentes poéticas e origens geográficas e vinculados ao Instituto de Artes da UnB. Aliando prática artística em diversas linguagens e a reflexão teórica sobre paisagem, viagem, geopoética, lugar e modos de imaginação, o grupo propõe uma poética nômade surgida de deslocamentos a partir de expedições artísticas.
Explore a playlist do projeto Expedição Brasiliana do Itaú Cultural com sugestões de atividades para fazer em casa e na escola.
flâneur
Popularizado pelo poeta francês Charles Baudelaire, o termo descreve o observador contemplativo da vida urbana, que passeia pelas ruas com olhar atento e reflexivo.
deriva
Popularizado pelo filósofo francês Guy Debord, descreve o ato de se deslocar sem rumo pelas cidades, guiado pelas sensações e pela paisagem urbana, como forma de explorar criticamente o espaço e romper com a rotina.
psicogeografia
Conceito desenvolvido pelos situacionistas que descreve o estudo dos efeitos do ambiente urbano nas emoções e comportamentos, investigando suas influências subjetivas em nossas experiência do espaço.
Instalação Penetráveis

Professora Solange Ardila
Solange Ardila é artista visual, professora e pesquisadora. É licenciada e especialista pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). Estudou também na Universidade Nacional de Colômbia (Unal). Atua no Ensino Fundamental, Médio e Superior. Trabalhou em instituições como Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP), Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires (Malba) e Fundação Bienal de São Paulo. Foi consultora e autora no curso de pós-graduação à distância em Arte-Educação do Senac. Pesquisa arte contemporânea, performance, arte sonora, digital e história da arte.
Objetivos de aprendizagem

Analisar a espacialidade na produção artística latino-americana a partir do desenvolvimento de instalações.
Componentes Curriculares
Arte – Artes visuais, Geografia e História
Habilidades BNCC: EF69AR01; EF69AR02; EF69AR04; EF69AR05; EF69AR07; EF09HI26; EF09HI29; EF09HI30; EF09HI35; EF09HI36; EF09GE01; EF09GE03; EF09GE14; EF09GE15
Lista de materiais e recursos indicados
• Papel.
• Lápis ou canetas.
• Espaço de passagem.
• Caixa de som.
• Cerca de 300 fios de algodão ou de nylon com aproximadamente 2 metros (ou com a extensão possível).
Mariana Nunes. Gasolina Filmes/ Itaú Cultural
• Suporte em forma de grade (para amarrar os fios e pendurar no teto de maneira segura).
• Cerca de 4 ou 5 tipos de tecidos diversos de aproximadamente 2m x 1m30 para dividir os ambientes (pesquisar tecidos típicos de diferentes regiões da América Latina, incluindo o Brasil. Entre os diferentes tecidos, dois deles podem ser brancos para que os estudantes possam alterá-los com pinturas, dizeres ou colagens, de acordo com a proposta.
• Pesquisar materiais apropriados para colocar no chão (areia, folhas,sementes etc.).
orientações para desenvolvimento da atividade
O que nos faz latino-americanos?
1. Iniciar a atividade com uma introdução sobre arte contemporânea, destacando o conceito de instalação e sua relação com temas como etnicidade, memória e latinidade — elementos comuns que conectam a produção artística na América Latina.
2. Apresentar um panorama histórico sobre a linguagem da instalação, com imagens de obras de diferentes artistas, para demonstrar a variedade de materiais, suportes e sentidos envolvidos nesse tipo de produção.
3. Discutir com os estudantes como as instalações, ao longo do tempo, transformaram-se e assumiram formas sensoriais e imersivas que envolvem o espectador como parte integrante da obra.
4. Aprofundar o estudo com destaque para as experiências da arte cinética e da op arte. Apresentar a série Penetrables do artista venezuelano Jesús Rafael Soto (1923-2005), com destaque para Pénétrable BBL Jaune e Pénétrable BBL Bleu
5. Debater com os estudantes a ideia da fragilidade do ser humano diante do universo em constante transformação, conforme proposto por Soto.
6. Analisar a obra de Hélio Oiticica (1937-1980), com foco na instalação Tropicália – PN2 “Pureza é um Mito”, PN3 “Imagético”, de 1967.
7. Explorar os elementos sensoriais presentes nas obras de Oiticica, como plantas, areia, araras, poemas-objeto, capas de
Parangolé e um aparelho de televisão — elemento que suscita discussões sobre a cultura de massa.
8. Comparar os trabalhos de Soto e Oiticica, estimulando reflexões sobre arte participativa, ativação da obra pelo público e ressignificação dos espaços expositivos. Ressaltar a ruptura dessa arte com a ideia tradicional de fruição passiva e destacar o papel ativo do espectador como coautor da experiência artística.
9. Convidar os estudantes para refletir sobre aspectos formais das instalações — bidimensionalidade, tridimensionalidade, espaço, movimento, peso e leveza — e suas implicações estéticas e históricas.
10. Discutir o impacto da produção artística latino-americana no reconhecimento de identidades, culturas e vivências políticas diversas.
11. Ampliar o olhar crítico sobre a arte na América Latina, promovendo a valorização das narrativas locais e decoloniais no campo artístico.
Encerrar a atividade destacando a arte como meio de construção de sentido, experimentação corporal e diálogo entre o sujeito e o espaço.
aprofundamento
Combine a experimentação plástica com elementos da teoria e história da arte, para que os estudantes possam vivenciar os conceitos e relacioná-los a processos e práticas artísticas.
Leia o Caderno do Professor Cildo Meireles: a arte é a vida! de Solange Ardila e Pablo Talavera, disponível no Espaço do Educador da Enciclopédia Itaú Cultural.
Conheça a obra de Hélio Oiticica pioneiro do neoconcretismo, cuja obra expandiu-se da pintura para instalações interativas, como os Bólides e Parangolés, por meio da atuação participativa e sensorial do público.
Assista ao vídeo com o registro do Penetrável PN14 Map, de Hélio Oiticica, apresentado na exposição Hélio Oiticica - Museu é o mundo, e o depoimento do diretor de teatro Zé Celso (1937-2023) sobre Hélio Oiticica.
Uma aula de campo para sentir e pensar


Hertenha
Hertenha Glauce é mestra em Arte e Educação pela Universidade Aberta, Lisboa, Portugal. Possui especialização em Arte e Educação pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) e graduação em História pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Dirige o Grupo Mirante de Teatro da Universidade de Fortaleza (Unifor) desde 2001, e o Grupo ELAS. É sócia-fundadora da Trupe Era Uma Vez de contação de histórias.
Objetivos de aprendizagem
Relacionar a prática artística a diferentes dimensões da vida social a partir de atividades extramuros. Trata-se de ativar equipamentos culturais e educativos da região para estimular a fruição, reflexão crítica e cooperação.
Componentes Curriculares
Arte – Artes visuais, Arte – Teatro e Língua portuguesa
Habilidades da BNCC: EF69AR02; EF69AR25; EF69LP54; EF89LP32; EF89LP34
Lista de materiais e recursos indicados
Materiais para visita guiada:
• Caderno.
• Caneta.
• Equipamentos eletrônicos para registros em foto e vídeo.
A Lei n. 15.100/2025 oferece diretrizes para o uso de aparelhos eletrônicos portáteis de uso pessoal, como celulares, por estudantes da Educação Básica. A restrição de uso desses dispositivos em ambientes
Professora
Glauce
Mariana Nunes. Gasolina Filmes/ Itaú Cultural
escolares promove maior engajamento de crianças e adolescentes com as propostas desenvolvidas em aula e tem por fim a proteção da saúde mental, física e emocional dos estudantes. A lei, no entanto, permite o uso desses equipamentos para fins pedagógicos com autorização do professor e em casos de acessibilidade, saúde e segurança. É conveniente certificar-se quais as diretrizes de aplicação dessa lei em sua escola.
Materiais para construção da peça:
• Elementos para cenografia;
• Elementos para figurino;
• Outros elementos cênicos.
orientações para desenvolvimento da atividade
Que outros espaços podem ser ativados pela escola?
1. Apresentar a proposta de aproximação dos estudantes a equipamentos culturais da região — como museus, galerias, centros culturais e espaços de memória — por meio das artes visuais e do teatro, com foco no desenvolvimento da sensibilidade, da escuta e da capacidade de expressão.
2. Realizar em sala de aula a escolha coletiva do espaço cultural a ser visitado, considerando os interesses dos estudantes, a pertinência pedagógica e as características do local.
3. Preparar os estudantes para a visita, explicando o histórico do espaço e o objetivo da visita: favorecer uma imersão crítica e sensível, conectando linguagens artísticas e reflexões sociais.
4. Organizar o deslocamento da escola até o espaço cultural.
5. Assistir ao evento artístico. No caso da ação relatada, trata-se da peça teatral e da exposição sobre os cinquenta anos do Movimento Armorial
6. Explorar com os estudantes os principais temas apresentados no evento artístico. Na atividade relatada, o esquete Pavão Mysteriozo, as obras de Ariano Suassuna (1927-2014) e Antônio Madureira (1949), além da estética da xilogravura, da literatura de cordel e da cultura popular nordestina.
7. Promover uma roda de conversa após a visita para: • revisar os conteúdos abordados;
• compartilhar impressões pessoais e coletivas;
• refletir sobre os vínculos entre arte, cultura, memória e identidade.
8. Enfatizar a importância da vivência cultural fora da escola como oportunidade para ampliar experiências emocionais e consolidar aprendizagens.
9. Ressaltar o caráter ativo da aula de campo articulada às expressões cênicas e visuais, prática que transforma o aprendizado em ato criador, crítico e transformador, conforme defendido por Paulo Freire (1921-1997).
10. Propor como desdobramento dessa atividade uma produção autoral escrita, integrando os aprendizados da visita à atividade interdisciplinar.
11. Estimular o grupo a aprofundar a pesquisa dos temas abordados por meio de leituras, como da obra de Ariano Suassuna.
12. Iniciar o processo de construção da peça com:
• leitura e adaptação do roteiro;
• planejamento de cenografia, figurino, trilha sonora e elementos cênicos;
• ensaios e organização da encenação final.
aprofundamento
Estimule as conexões espontâneas entre os conteúdos apresentados e fomente a escuta ativa, a partilha de percepções e a construção coletiva de sentidos a partir da experiência cultural vivida.
Conheça a obra de Ariano Suassuna, escritor, dramaturgo e professor paraibano. O autor se destaca pela valorização da cultura popular nordestina. Sua obra, como O auto da Compadecida, mistura tradição oral, mitologia regional e crítica social. Suassuna foi fundador do Movimento Armorial e membro da Academia Brasileira de Letras. É um dos autores mais importantes da literatura brasileira do século XX.
Leia o Caderno do Professor Literacenas: diálogo entre Literatura e Teatro, de Hertenha Glauce, disponível no Espaço do Educador da Enciclopédia Itaú Cultural.
Considere conhecer as páginas das exposições Ocupação Ana Mae Barbosa e Ocupação Paulo Freire para conhecer um pouco das propostas e da trajetória desses educadores.
Conheça o curso Festejos Populares: Cosme e Damião, da Escola Fundação Itaú, sobre cultura popular e o ciclo de festejo das crianças.
referências
POÉTICAS DO TERRITÓRIO
#32BIENAL (Ativação de obra) Jorge Menna Barreto: Restauro. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo. 2016. (4 min. 25). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=IXvj_x0qs7U. Acesso em: 23 jul. 2025.
BACHELARD, Gaston. A poética do espaço. Tradução de Antonio de Pádua Danesi. Revisão da tradução Rosemary Costhek Abílio. São Paulo: Martins Fontes, 1993.
JORGE MENNA BARRETO. Restauro. Site Oficial do Artista. Disponível em: https://jorggemennabarreto.com/trabalhos/restauro/. Acesso em: 23 jul. 2025.
DARDEL, Eric. O homem e a terra: natureza da realidade geográfica. São Paulo: Perspectiva, 2015.
BISPO DOS SANTOS, Antônio. A terra dá, a terra quer. São Paulo: Ubu; Piseagrama, 2023.
BONA, Dénètem Touam. Cosmopoéticas do refúgio. Florianópolis: Cultura e Barbárie, 2020.
CASTRO, Manuel Antônio de. Época e tempo poético. In: CASTRO, Manuel Antônio de. Leitura: questões. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015.
DIAS, Karina. Entre visão e invisão: por uma experiência da paisagem no cotidiano. Brasília: PPGAV, Universidade de Brasília, 2010.
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SPOLIN, Viola. O jogo teatral no livro do diretor. São Paulo: Perspectiva, 2008.
verbetes
• Academia Brasileira de Letras
• Ambiente
• Antonio Madureira
• Ariano Suassuna
• Arte cinética
• Arte contemporânea
• Bienal Internacional de São Paulo
• Bólide
• Extraclasse
• Earthwork
• Hélio Oiticica
• Hermeto Pascoal
• Instalação
• Jean-Baptiste Debret
• Jesús Rafael Soto
• Johann Moritz Rugendas
• Jorge Menna Barreto
• Luiz Olivieri
• Milton Santos
• Missão Artística Francesa
• Movimento Armorial
• Museu de Arte Moderna de São Paulo
• Neoconcretismo
• Nicolas Antoine Taunay
• Op Arte
• Paulo Freire
• Parangolé
• Site-specific
• Situacionistas
• Tropicália – PN2 “Pureza é um Mito”, PN3 “Imagético”
• Xilogravura
• Zé Celso
ESPAÇO DO EDUCADOR
FUNDAÇÃO ITAÚ
Presidente do Conselho Curador Alfredo Setubal
Presidente Eduardo Saron
Comunicação Institucional e Estratégica
Gerência executiva Ana de Fátima Sousa

Coordenação de estratégias digitais e gestão de marca Renato Corch
Supervisão de design Helga Vaz
ITAÚ
CULTURAL
Superintendente Jader Rosa
Informação e Difusão Digital
Gerência Tânia Rodrigues
Coordenação da Enciclopédia Luciana Rocha
Produção e pesquisa Ely Kalebe, Matias Monteiro e Pedro Guimarães
Revisão Quadratim (terceirizada)
Criação e Plataformas
Gerência André Furtado
Coordenação de conteúdos multiplataformas Kety Fernandes Nassar
Produção audiovisual Amanda Lopes Silva
Produção de direção de arte Julia Sottili
Direção de arte e cenografia Daniela Aldrovandi (terceirizada)
Produção de arte e cenotecnia Ricardo Ariel Perez (terceirizado)
Produção de objetos Denise Fujimoto (terceirizada)
Roteiro Francisco Brito Costabile (terceirizado)
Captação e edição Gasolina Filmes (terceirizada)
Whiteboard 808 FLMS – Produtora Multimídia (terceirizada)
Legendas Jacqueline Plaça (terceirizada)
Interpretação em Libras Mão Preta (terceirizada)
Produção editorial Luciana Araripe Ribeiro de Souza e Pedro Soares Bueno (estagiário)
Coordenação de criação Carla Chagas
Supervisão de design Yoshiharu Arakaki
Design Girafa Não Fala (terceirizado)
ITAÚ SOCIAL
Superintendente Patricia Mota Guedes
Desenvolvimento e Soluções
Gerência Sônia Maria Barbosa Dias
Coordenação Cláudia Nascimento
Produção executiva e pesquisa Lohan Ventura
Redação Gertrudes Rodrigues, Hertenha Glauce, Igor Caracas, Julia Milward, Levi Orthof e Solange Ardila (todos terceirizados)
O Itaú Cultural e o Itaú Social integram a Fundação Itaú.
Saiba mais em: fundacaoitau.org.br.