Nesta edição de outubro da its Teens, celebramos aqueles que transformam vidas todos os dias: os professores, além, claro, de também lembrar das crianças que comemoram o seu dia neste mês.
A relação entre alunos e educadores é o fio que tece memórias, aprendizados e histórias que ficam para sempre, como mostra o relato emocionante de estudantes da Educação de Jovens e Adultos. Relembramos mestres que marcaram a humanidade e também professores da ficção que conquistaram as telonas.
Trazemos registros de projetos realizados em nossas escolas, como a Feira do Conhecimento e as homenagens com árvores da gratidão e dos desejos. Mostramos ainda como a tecnologia inspira artes digitais e como brincadeiras antigas continuam vivas de geração em geração.
A profissão de professor ganha destaque, revelando suas áreas de atuação, rotina e os profissionais que caminham juntos na rede municipal. Para completar, temos quiz, dicas práticas, mural de homenagens e a história da professora mais antiga da rede.
Uma edição inteira dedicada a quem ensina, inspira e faz diferença. Boa leitura!
MÁRIO J. GONZAGA PETRELLI
IN MEMORIAM
FUNDADOR E PRESIDENTE EMÉRITO GRUPO ND E GRUPO RIC
MARCELLO CORRÊA PETRELLI
PRESIDENTE GRUPO ND mpetrelli@ndtv.com.br
ALBERTINO ZAMARCO JR.
DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO albertino@ndtv.com.br
NORBERTO MORETTI JÚNIOR GERENTE DE PERFORMANCE norberto@ndtv.com.br
CAROLINE FERNANDES
GERENTE DE MERCADO NACIONAL caroline.fernandes@ndtv.com.br
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Mentores marcantes
Da
Feliz Dia do Professor Cartas que marcam Formando
NA AULA, VOCÊ:
a) Anota tudo o que o professor fala.
b) Gosta de fazer perguntas para tirar dúvidas.
c) Prefere ficar só observando e aprendendo no seu ritmo.
QUANDO O PROFESSOR PROPÕE UM TRABALHO EM GRUPO, VOCÊ PREFERE:
a) Organizar todo o material para facilitar o processo.
b) Liderar os colegas e ajudar todo mundo.
c) Fazer somente a sua parte e estudar sozinho.
NA HORA DE ESTUDAR PARA A PROVA, VOCÊ:
a) Faz um resumo, usa marca-texto e revisa com calma.
b) Chama um amigo ou estuda em grupo.
c) Revisa um dia antes e vai na confiança.
QUANDO TOCA O SINAL DO RECREIO, VOCÊ:
a) Corre para lanchar logo.
b) Vai conversar com os amigos.
c) Aproveita para descansar.
NA HORA DE FAZER A APRESENTAÇÃO DO TRABALHO, VOCÊ:
a) Cuida da parte da escrita.
b) Pensa no desenho e nas cores.
c) Dá alguns palpites e ajuda quando precisar.
Semarcoumais
opçõesa: oorganizado.
Semarcoumais
opçõesb: oamigãoda galera.
Semarcoumais
opçõesc: otranquilão.
DA MINHA JANELA
Não é interessante pensar que nenhuma janela do mundo revela a mesma paisagem? A leitura do livro “Da minha janela”, do autor Otávio Júnior, nos trouxe muitas reflexões: um convite a observar o que existe além do lado de dentro. O que vemos quando olhamos pela nossa janela?
O escritor traz um novo olhar sobre cenários comuns do dia a dia, mostrando que é possível ver o mundo de forma lúdica e curiosa, valorizando aspectos do cotidiano que muitas vezes passam despercebidos. Para estimular a imaginação das crianças, os pequenos das turmas do maternal 2 e do G/H da unidade e suas famílias foram convidados a exercitar esse olhar, despertando o sentimento de pertencimento e descobrindo as belezas presentes em nosso bairro, São Paulo.
As respostas variaram entre o céu, as plantas, o movimento da rua, pontos da cidade — como o aeroporto — e até lugares que guardam momentos especiais.
QUE TAL CONTINUAR A LEITURA DO MÊS E PROCURAR POR ESTES TÍTULOS?
• Adivinha quanto eu te amo Sam Mcbratney
• Este não é o presente que eu pedi Aline Abreu
• Quem está brincando com a linha?
Riina e Sami Kaarla
• Deu limerique na casa do bicho
Alexandre de Castro Gomes
POR LILIAN GOMES RIBEIRO PROFESSORA DO CMEI BRUCE CRANSTON KAY
LAÇOS QUE TRANSFORMAM:
a importância da relação professor-aluno
Se existe um ambiente onde crianças e adolescentes passam a maior parte do dia é a escola. Durante anos, eles aprendem, fazem amigos, crescem e descobrem mais da sua personalidade. Seja com os colegas ou com os professores, é importante que esse espaço seja acolhedor e seguro, permitindo que estes indivíduos consigam desenvolver suas habilidades e comecem a sonhar com o futuro. Com muitas mudanças surgindo nessa fase da vida, é importante que os alunos encontrem pessoas que os apoiem e incentivem nesse processo. Além dos responsáveis e familiares, é o professor que cumpre o papel de guiá-los fora de casa, ajudando a enfrentar desafios e acreditar em suas capacidades. São esses profissionais que, muitas vezes, servem de inspiração e influenciam não só no ensino, mas também na vida.
A relação professor-aluno é muito mais do que apenas garantir que a lição de casa seja feita, é um exemplo de como temos a aprender uns com os outros, refletindo também na forma de adquirir conhecimento e na autoestima, por exemplo. Com uma escuta ativa e respeitosa, educadores e estudantes se sentem compreendidos e encorajados. Essa conexão pode transformar a aula em um momento de aprendizagem significativo, que vai além de respostas certas e erradas. E não são apenas os mais jovens que sentem o impacto da influência dos educadores. Estudantes adultos e idosos encontram na escola uma oportunidade de crescimento, que causa impactos na autoconfiança, na motivação e na organização em sua vida diária.
REESCREVENDO SONHOS
Para quem busca uma segunda chance para concluir os estudos, a Educação de Jovens e Adultos (EJA) representa uma alternativa para retomar sonhos e abrir portas para novos caminhos. E quando os estudantes encontram um espaço de acolhimento e troca promovido pelos educadores, podem descobrir que nunca é tarde para aprender.
Exemplo disso é Francisca Gentil de Arruda, aluna da Escola Municipal Professora Maria Ivone Muller dos Santos. Quando se mudou para Navegantes, tinha o desejo de fazer a redação do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), mas, por sentir-se insegura com a escrita, via seu sonho ser abalado. Tudo mudou após ingressar nas aulas da EJA. Junto com a professora Camila Rebelo, aprofundou seus conhecimentos e desenvolveu coragem e autoestima para redigir o texto e concluir a prova com excelência.
TRANSFORMAÇÃO DE VIDA
Os estudantes da EJA da Escola Municipal
Professora Rosa Maria Xavier de Araújo são prova viva de que a educação, com o apoio da gestão escolar, é capaz de mudar destinos.
Por lá, a professora Andréia Regina Correa Macedo orienta alunos que voltaram à sala de aula depois de muitos anos. Mesmo com vontade de estudar, Maria Aparecida dos Santos sentia receio de voltar devido a um problema de visão, mas, com o suporte da diretora da unidade, superou a timidez e passou de ano. “Eu aprendi mais e mais e vou continuar até o fim, porque o sonho não tem vergonha e não tem idade, vou continuar sonhando”, afirma.
Para quem não teve a chance de se aprofundar no aprendizado para contribuir na renda de casa, a EJA é a porta de entrada para um futuro com novas perspectivas.
Luis Cesar San Martin dos Santos trabalhou desde criança para
ajudar o pai e, por meio das aulas, agora aprendeu a ler, escrever e recuperar o tempo perdido. “Não quero parar de estudar, quero terminar meus estudos, assim como meus colegas também, quero que eles terminem para a gente ter a mesma oportunidade, para a gente poder se expressar.”
O trabalho para aumentar a confiança e ir melhor na formação também é feito em conjunto com a equipe escolar. Jean Carlos Vachamin foi incentivado por uma professora a ir ao médico cuidar da visão e adquirir novos óculos — o aluno estava tendo dificuldade durante as aulas por precisar usar lupas para ler os conteúdos. Após essa mudança, o rendimento nas aulas aumentou muito, tornando o aprendizado mais acessível. “Eu me comparo comigo anos atrás, na minha opinião estou bem melhor. Eu vou estudar até onde eu conseguir, não pretendo parar”, declara o estudante.
FORÇA DO ACOLHIMENTO
Para aqueles que desejam reacender o desejo de estudar, a parceria da equipe da gestão escolar é essencial. Após uma fase de afastamento da escola, a estudante Amanda D’Oliveira de Souza, do Centro Educacional Professora Maria de Lourdes Couto Cabral –CAIC, contou com o apoio do acolhimento da unidade para retomar seus estudos e se reintegrar à rotina escolar com motivação e segurança.
A orientadora Grazielle de Castro Teixeira, junto com a equipe pedagógica, auxiliou tanto a aluna quanto a mãe em encontros para ouvi-las e aconselhá-las. Meses depois, é possível ver a melhora no engajamento e no comportamento da estudante, refletindo também na relação entre a família e escola, provando que a escuta ativa pode transformar vidas.
Desde uma descoberta científica até a construção de um prédio, houve uma figura importante que contribuiu significativamente para que aquele profissional concluísse o projeto com excelência: o professor. É ainda nos anos iniciais da infância que esse importante personagem surge, auxiliando na formação da primeira frase, nas contas de adição e no despertar da curiosidade.
Seja na Educação Infantil ou na graduação, são
os educadores que cumprem o papel de incentivar os estudos, mostrar caminhos e abrir portas para as conquistas de toda profissão, formando cidadãos críticos, conscientes e prontos para transformar a sociedade. Entre a sala de aula e a vida fora da escola, eles deixam marcas que atravessam gerações.
Conheça oito professores que mudaram o mundo com suas ideias e continuam inspirando até hoje.
Johann Heinrich Pestalozzi (1746–1827)
O educador suíço quebrou padrões ao defender o desenvolvimento integral da criança, levando em conta os lados intelectual e emocional, além das habilidades práticas. A busca do equilíbrio entre esses diferentes aspectos, aliada à criação de métodos baseados no respeito à criança e na experiência com afeto, era a base da sua proposta, voltada para formar cidadãos responsáveis e com pleno acesso à educação.
Nísia Floresta (1810–1885)
Vivendo em uma época em que o mundo estava longe de adotar políticas igualitárias, a educadora e escritora brasileira deixou um legado para as futuras gerações ao se tornar pioneira na defesa dos direitos iguais entre homens e mulheres. Nísia fundou escolas para meninas e escreveu livros sobre igualdade de gênero e acesso universal à educação. Natural do Rio Grande do Norte, a cidade onde a professora nasceu, Papari, foi renomeada em sua homenagem.
Marie Curie (1867–1934)
Apesar de ser lembrada por ser a primeira mulher a ganhar o Prêmio Nobel — e a única pessoa a recebê-lo nas áreas de Física e Química — por seu trabalho sobre radiação, Marie foi também a primeira a ocupar o cargo de professora na renomada universidade francesa Sorbonne. Sua trajetória nas Ciências inspirou outras mulheres a ingressar na área e a cursar o Ensino Superior.
Albert Einstein (1879–1955)
Responsável por desenvolver a Teoria da Relatividade e criar a famosa equação E=mc², Einstein também deixou sua marca como professor e defensor de uma educação baseada na curiosidade e na autonomia intelectual. O objetivo do físico alemão era que as pessoas fossem capazes de pensar por si mesmas, e não apenas memorizar os conteúdos das provas.
Antonieta de Barros (1901–1952)
Você sabia que uma catarinense foi a responsável por transformar o Dia do Professor em lei estadual? Foi em 12 de outubro de 1948 que Santa Catarina passou a adotar a data como um feriado escolar — o que mais tarde viraria uma ação em nível nacional. Antonieta de Barros foi a primeira negra eleita deputada no Brasil, além de ser professora e jornalista. Em sua trajetória como educadora, também lutou contra o racismo e a desigualdade de classe e gênero,
fundando uma escola para alfabetizar pessoas com poucas condições financeiras e defendendo a educação como ferramenta de transformação social.
Dorina Nowill (1919–2010)
Para garantir que todos tivessem acesso à educação, foi preciso que pioneiros lutassem em prol da inclusão de indivíduos com diferentes necessidades. Dorina perdeu a visão ainda jovem e, anos mais tarde, tornou-se uma grande referência na luta pelo acesso a livros em Braille. A professora criou a Fundação Dorina Nowill, dedicada ao ensino e à acessibilidade para pessoas com deficiência visual.
Paulo Freire (1921–1997)
Um dos nomes mais importantes da educação brasileira, o pedagogo transformou a trajetória do ensino no país ao criar um método de alfabetização que valorizava o diálogo entre professor e aluno e utilizava a cultura dos estudantes como ponto de partida para a transformação social. Sua abordagem reconhecia a autonomia dos educandos como protagonistas do próprio aprendizado, inspirando políticas educacionais em outros países e no Brasil.
Darcy Ribeiro (1922–1997)
O professor e antropólogo mineiro dedicou sua vida à luta por uma educação pública de qualidade e democrática. Foi um dos idealizadores dos Centros Integrados de Educação Pública (CIEPs), escolas em tempo integral com atividades esportivas e culturais — o educador acreditava que a diversidade e identidade nacional contribuem para a aprendizagem. Darcy Ribeiro também foi fundamental para a fundação da Universidade de Brasília (UnB) e na elaboração das Leis de Diretrizes e Bases (LDB).
Estudantes explicam conteúdo aprendido em sala de aula de forma diferente, envolvendo a turma durante apresentações
Sabe aquele dia em que toda a escola está preparada para acompanhar e descobrir os trabalhos que foram feitos pelas outras turmas? Quando todos os professores estão focados na organização e na apresentação de cada temática e você já sabe que aquele momento será de conhecimento e muita troca de informação? Embora essas também sejam características habituais do dia a dia em sala de aula, há uma data em que essa entrega fica ainda mais evidente: quando participamos das feiras. Isso porque essas interações e esses espaços são projetados justamente para facilitar o aprendizado e promover entre as turmas aquele desejo de compreender o que o colega fez, quais foram as descobertas e como cada um se envolveu no processo para que o resultado fosse possível — cenário conhecido entre os grupos da Escola Municipal
Izilda Reiser Mafra que participaram da Feira do Conhecimento.
Com temas que abordaram aspectos da natureza e de História, por exemplo, os jovens tinham como função compreender determinados temas e depois produzir materiais que fossem capazes de exemplificar os tópicos mais significativos. “O principal objetivo foi promover o protagonismo dos nossos alunos, incentivando a pesquisa, a criatividade e o pensamento crítico”, conta o diretor Germoci Vailatte de Oliveira.
Na visão do educador, é por meio dessa interação que o conteúdo ganha vida, saindo das páginas e fazendo parte da rotina dos alunos. “Os temas ganham contexto, os conceitos se tornam aplicáveis e eles compreendem que o conhecimento não está apenas nos livros, mas também na prática e na troca de experiências.”
Alunas aproveitam a atividade em grupo
Produtores de conhecimento
Para aqueles que colocaram a mão na massa e transformaram o conteúdo em algo que fosse palpável para os demais, a atividade foi uma oportunidade de conhecer um novo modelo de trabalho e suas responsabilidades. No caso da aluna Camila da Silva Copetti, 14, oitavo ano, a apresentação foi pautada na trajetória de príncipes e princesas na Arte e na História, ideia que surgiu do desejo de conhecer mais sobre essas figuras. “É muito empolgante compartilhar histórias de pessoas que viveram em épocas diferentes e foram importantes para a história.”
Além da proximidade com um tema de interesse pessoal, Camila também destaca a parte mais complexa da tarefa. “O maior desafio foi organizar os grupos e dividir as tarefas, mas a turma se mostrou muito empolgada e conseguiu fazer uma apresentação incrível”, avalia a adolescente.
Os adolescentes da Escola Municipal Izilda Reiser Mafra também produziram algumas cartas em homenagem aos professores da rede municipal de Navegantes, em alusão à data comemorativa de 15 de outubro. As produções evidenciam a gratidão aos profissionais e a felicidade e o prazer em poder aprender ao lado de uma equipe dedicada e presente. Quer conferir os relatos? Escaneie o QR Code e acompanhe as produções!
Celebrando o Dia da Árvore, lembrada em setembro, com o Dia do Professor, os estudantes do Centro Educacional Municipal (CEM) Professora Eni Erna Gaya e do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Professora Nerozilda Pinheiro Ferreira participaram de atividades em homenagem aos educadores.
O CEM Professora Eni Erna Gaya produziu a “Árvore da gratidão aos professores” com mensagens escritas pelos alunos do Ensino Fundamental. Confira alguns recados:
“Professores, obrigado por acreditarem em nós e nos incentivarem a alcançar nossos sonhos.”
“Ser professor é muito legal, somos gratos de ter vocês nas nossas vidas.”
Já no CMEI Professora Nerozilda Pinheiro Ferreira, as crianças da Educação Infantil confeccionaram a “Árvore dos desejos”, com bilhetes especiais aos educadores e palavras encorajadoras.
“Muito além de ensinar, você inspira todos nós. Só temos a agradecer por cada aula maravilhosa e por cada aprendizado que nos transmitiu.”
“Aprender é sempre mais divertido quando temos você por perto!”
Fotos: CEM Professora
Eni Erna Gaya/Divulgação
Autorretratos da
EDUCAÇÃO
Alunos modificam a convivência com professores e transformam a história daqueles que ensinam todos os dias
Desde que entramos na escola, estamos acostumados a receber orientações e dicas dos professores. Seja quando estamos com dificuldades em alguma matéria ou quando precisamos contar sobre algo que não está certo em sala de aula, eles sempre estão disponíveis para uma conversa, um ombro amigo ou até mesmo para nos orientar na tomada de decisões — e isso vale para as dúvidas sobre qual carreira seguir ou como podemos estudar para determinada prova. Eles fazem parte do nosso desenvolvimento e desempenham um papel primordial quando falamos da formação cidadã e da apresentação de um mundo que vai além daqueles que conhecemos em casa, mostrando que a realidade de cada um pode ser diferente de acordo com as possibilidades apresentadas. E, para evidenciar o papel dos educadores e a importância de cada um, os alunos do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Professora Natalina Sabel do Amaral decidiram dar vida ao projeto “Vozes
do Projeto Socioemocional –Autorretratos na Escola Natalina”.
Para a diretora Mariléia da Silva, que acompanhou o projeto de perto, a iniciativa cria um espaço de diálogo, com empatia e escuta verdadeira, capaz de enxergar alunos e professores para além dos papéis tradicionais. “Buscamos estimular a escrita, a oralidade e o uso da tecnologia. No campo pessoal, o objetivo era fortalecer vínculos, promover a consciência de identidade e incentivar atitudes de respeito”, conta a profissional.
Além da valorização daqueles que estão em sala de aula, a atividade também foi importante para os estudantes. “Essa vivência fortaleceu a autoestima porque eles (alunos) se sentiram autores de algo significativo e corresponsáveis por uma produção coletiva”, reforça a diretora. A atividade também foi uma forma de relembrar a importância do Dia do Professor, celebrado neste mês.
O QUE VOCÊ
VAI ENCONTRAR
POR AQUI:
PROCESSO DE PRODUÇÃO
A professora Sueli Sobierai Antonio foi uma das profissionais que ofereceram auxílio durante a produção dos estudantes, contribuindo no processo de conversa e entrevista com os docentes, preservando a essência das falas e direcionando a produção das equipes. “Eles se encantaram com as trajetórias dos professores e se envolveram mais do que em atividades tradicionais”, conta a professora.
Com as informações em mãos, os alunos tiveram o desafio de transformá-las em texto. A etapa seguinte foi a criação do retrato, feito com auxílio da inteligência artificial. “O momento em que viram as fotografias transformadas em desenhos coloridos foi marcante. Havia emoção e pertencimento”, destaca Sueli.
Na visão da aluna Beatriz Jensen do Nascimento, a experiência serviu para conhecer um lado diferente dos professores, aquilo que não fica evidente em sala de aula. “A parte que mais marcou foi ver a fotografia transformada em desenho colorido. Parecia que a história tinha ganhado vida”, afirma a adolescente, que deixa evidente a alegria em contar a trajetória de outra pessoa.
“Descobrimos que somos capazes de escrever e que nossa escrita pode emocionar”, finaliza a jovem.
Para conferir as histórias e escritas da turma, aproveite para escanear o QR Code e conferir um pouco mais da trajetória dos professores selecionados.
estudantes criam textos e artes digitais baseados na trajetória dos professores.
Tempo de leitura: 5 minutos
POR ANA CAROLINE ARJONAS
Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Professora Natalina Sabel do Amaral
profissionais criam livro a partir de experiências em sala de aula.
Tempo de leitura: 12 minutos
POR ANA CAROLINE ARJONAS
Ser capaz de colocar todos os conhecimentos e emoções em uma página, por meio da escrita, é uma tarefa árdua, que demanda tempo, dedicação e preparo. Mais do que a análise das informações mais importantes e dos tópicos que merecem ser destacados, o processo é essencial para relembrar momentos e aquilo que queremos compartilhar com os leitores — sejam sentimentos ou aprendizados que levaremos para toda a vida. Porém, a missão pode ser mais desafiadora quando temos como objetivo falar sobre a rotina em sala de aula, as missões que fazem parte do convívio diário e a relação com os alunos e familiares.
E foi exatamente esse assunto que os professores do Centro de Educação Municipal (CEM) Professora Leonora Schmitz quiseram apresentar no livro intitulado “Ensinar com propósito, aprender (com)paixão: motivação como um convite à transformação”.
A produção contou com a participação dos profissionais: Alana Drielle Rocha, Alessandra Silva de Paula Ribeiro, André Luiz Andreola, Carlos José Silva dos Santos, Carolina Ramos Accetta, Edilene Neusa de Souza, Edson Santana, Jonas Waltrik, Mirela Cristina Leite Mothé e Rodrigo Lima Mothé.
Com foco em vivências e experiências que podem motivar outros profissionais que estão em sala de aula, a produção foi pensada para ser um e-book, facilitando o acesso. O projeto contou com
o apoio da Secretaria Municipal de Educação e da Câmara de Vereadores de Navegantes. Quem ficou responsável pela organização do livro foi Mirela, que já havia produzido outras obras e recebeu o convite da editora para abordar o tema. “Nosso desejo é que o leitor se sinta acolhido, compreendido e fortalecido ao perceber que não está sozinho nos desafios da profissão. Queremos oferecer não fórmulas prontas, mas sim um espaço de encontro, inspiração e esperança”, conta a professora.
Por mais que seja um livro feito por professores e direcionado para educadores, a ideia é que as páginas sirvam de apoio para gestores e estudantes, que agora poderão compreender um pouco mais do dia a dia e das inspirações e desafios daqueles que estão do outro lado. “Escrevemos a partir da nossa própria realidade, do chão da sala de aula, com desafios, conquistas e vivências concretas. Isso dá ao livro uma autenticidade muito particular, porque nasce da prática cotidiana”, pontua Mirela.
Alana teve a oportunidade de desenvolver o autoconhecimento durante a escrita
educação podem se transformar em conhecimento para todos.”
Para transmitir os conhecimentos e dialogar com aqueles que têm uma rotina similar, cada educador passou por um processo único, partindo das motivações do que realmente importa quando o assunto é o ensino. Para Mirela, por exemplo, o trabalho coletivo foi essencial, trazendo para o livro diversos pontos de vista. “Foi muito significativo porque transformou inquietações e desafios em palavras coletivas, ampliando o alcance daquilo que, sozinha, eu não poderia expressar. Foi um exercício de partilha, empatia e fortalecimento profissional.” No caso de Jonas Waltrik, o início foi desafiador, seja pelo receio ou por aquele sentimento de autossabotagem, como destaca o professor. “Comecei a escrever com o coração, a partir da minha vivência como educador. Foi prazeroso e de muita relevância compartilhar as alegrias, angústias e desafios que permeiam o fazer pedagógico nos dias atuais.”
Além da oportunidade de compartilhar o conhecimento, para alguns, o convite foi uma forma de relembrar a trajetória até a sala de aula. “Revisitar minha história me obrigou a compreender os obstáculos superados e reconhecer as escolhas que me conduziram até o presente. Foi uma oportunidade de autoconhecimento e valorização da minha jornada profissional”, pontua Alana
Drielle Rocha. Há quem também tenha enxergado o convite como crescimento pessoal e profissional, como a agente de educação
Edilene Neusa de Souza. “Me senti honrada em poder dar a minha contribuição e inspirada a continuar buscando formas de tornar a sala de aula um espaço cada vez mais inclusivo, humano e enriquecedor para todos os estudantes.”
Para Alessandra Silva de Paula Ribeiro, o que mais chamou a atenção foi a possibilidade de usar a Geografia como ponto de partida para a construção do texto. “Além disso, significou um momento de aprendizado, de valorização da minha trajetória e de reconhecimento da importância do nosso papel na construção de saberes.”
Outro que viu suas vivências sendo retratadas nas páginas foi André Luiz Andreola, que relembra o processo.
“Foi uma experiência incrível. Pude trazer minhas experiências como educador e compartilhar minha perspectiva como profissional autista, mostrando que os desafios e aprendizados do dia a dia na
Para Carolina Ramos Accetta, essa foi uma forma de reencontrar o sentido da profissão.
“Me fez olhar para dentro, revisitar minhas vivências e perceber o quanto a profissão nos exige, mas também nos renova a cada dia. Foi uma forma de dizer: ‘não estamos sozinhos nessa caminhada’.” Rodrigo Lima Mothé, que também fez parte da produção, entende o valor de produzir algo que foi pensado e feito por quem conhece de perto a educação. “Percebemos que, além de teoria educacional, era importante falar diretamente com outros profissionais do chão de sala, mostrando que eles não estão sozinhos e que juntos podemos encontrar soluções para as dificuldades diárias”, aponta.
O RELACIONAMENTO NA APRENDIZAGEM
Além do preparo, dos anos de estudo e aperfeiçoamento, são os encontros do dia a dia que colocam diante dos profissionais as crianças e jovens, com todos os desafios que cada uma das fases representa — e eles sabem da importância de criar um vínculo sincero e duradouro com cada um deles. No caso de Mirela, por exemplo, o foco é praticar a escuta e o respeito, enxergando cada um de forma integral, para além do conteúdo.
“Acredito que cada aluno traz consigo histórias, potenciais e desafios únicos, e meu papel é reconhecer essa singularidade. Tento criar um espaço em sala de aula onde eles se sintam acolhidos, valorizados e motivados a aprender.”
Além do respeito, Waltrik destaca outra palavra importante: a humanidade.
“Reconhecer fragilidades e potencialidades de cada aluno, destacando seus pontos positivos para melhorar a autoestima, respeitando suas diferenças e, ao mesmo tempo, chamando a atenção para comportamentos inadequados”, frisa o profissional.
Para Alessandra, a escuta ativa também desempenha um papel primordial, sendo algo que deve ser construído todos os dias com as turmas, fazendo da sala um ambiente acolhedor. No caso de Luiz, que destaca que o autismo não desaparece na vida adulta e continua com traços como a rigidez cognitiva, a educação se torna significativa quando é inclusiva.
“Considerando as particularidades de cada pessoa e criando um ambiente acolhedor e seguro para todos.” Carolina e Lima reforçam a importância de uma relação próxima e que seja segura para os alunos, enquanto Alana acredita que um dos pontos valiosos da educação é o respeito mútuo. Quer conferir todas as experiências dessa produção? Escaneie o QR Code e acesse o livro na íntegra.
COM A PALAVRA: OS ESCRITORES
André, Mirela, Edilene e Rodrigo apreciam o livro escrito pelo grupo
Confira seis professores da ficção que compartilham aprendizados além das disciplinas
Antes da série derivada “Garota conhece o mundo”, da Disney, veio o sitcom “O mundo é dos jovens”. Foi nele que conhecemos o íntegro e reflexivo Sr. Feeny. Bastante exigente, promove debates e ensina Literatura e História fazendo correlações com o mundo. Este professor — que faz do protagonista, Cory, seu pupilo — é um dos marcos do seriado, por compartilhar maneiras de lidar com os erros, abraçar o amadurecimento e buscar formas de fazer o bem.
“O mundo é dos jovens” (1993)
Assim como cada um de nós tem gostos, hábitos e habilidades diferentes, cada professor tem uma maneira única de lecionar e uma personalidade distinta. Conhecer cada um deles e aprender com métodos de ensino variados é uma das experiências mais enriquecedoras que podemos ter na sala de aula. Quando lidamos com diversos estilos e dinâmicas ao estudar e ouvir explicações, ficamos ainda mais preparados para os desafios que aparecerão além da escola.
Ao mesmo tempo em que os filmes e séries frequentemente nos apresentam protagonistas inspiradores, a ficção também nos presenteia com professores marcantes e que ensinam muito mais do que o conteúdo didático. Muitos deles, sem dúvida, compartilham características com os educadores que dão aula na sua escola. Conheça seis mestres que são referências nas telonas e telinhas!
O Ensino Fundamental não seria o mesmo para Maria Joaquina, Jaime, Valéria e, especialmente, Cirilo se não fosse a presença da professora Helena. É ela quem guia as turmas na Escola Mundial, de paciência e afeto. A personagem nos mostra o valor da amizade e como é crucial respeitar as diferenças e estender a mão para os colegas. No fim das contas, não se trata apenas de ir bem nas provas, mas de criar laços nesse
"carrossel" (2012)
Quando pensamos nas grandes referências na Mansão X, a escola para jovens mutantes da franquia X-Men, logo vêm à cabeça os poderosos Professor Xavier e Jean Grey. No entanto, uma das responsáveis pelos ensinamentos mais valiosos é Ororo Munroe. É a Tempestade, como é mais conhecida, que reforça para os estudantes como cada um precisa aceitar seus poderes e usá-los com responsabilidade, bem como ter coragem para enfrentar o preconceito. Mesmo não ensinando matérias tradicionais, em “X-Men: o confronto final” ela atua como mentora e assume a liderança dos X-Men.
"X-Men: o confronto final" (2006)
O treino é a chave para dominar aquilo que mais nos desafia — é por isso que os professores propõem tantos exercícios. E é a dedicação intensa, com disciplina e paciência, um dos pilares do aprendizado repassado pelo Sr. Miyagi, o professor de karatê de Daniel LaRusso, protagonista de Kid – A hora da verdade”. Para se aperfeiçoar, segundo ele, é preciso ter bastante equilíbrio, desenvolver resistência e aprimorar os reflexos. O mentor mostra a importância do autocontrole e da busca por harmonia, o que podemos aplicar em qualquer situação.
Foi substituindo a professora Grubbly-Plank que o até então Guardião das Chaves e dos Terrenos de Hogwarts, Rúbeo Hagrid, passou a lecionar Trato das Criaturas Mágicas. Esse desafio veio em “Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban”, o terceiro filme do bruxinho, e nos mostrou um novo lado do bruxo meio-gigante. Hagrid pode não ser tão formal como a professora McGonagall, mas sua paixão pelos animais fantásticos permite que ele ensine com entusiasmo e propriedade. Educadores como ele estimulam as atividades práticas e nos fazem entender as lições de maneira mais realista do que apenas a teoria.
"Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban" (2004)
"Karatê Kid – A hora da verdade" (1984)
Conversar com os professores sobre o que está dando certo e as dificuldades que você está enfrentando nos estudos pode trazer benefícios. Ser um livro aberto faz com que eles entendam onde podem ajudá-lo e como aperfeiçoar seus talentos. A professora Bonnie, do filme “Um laço de amor”, enxerga as habilidades especiais de Mary Adler, um prodígio na matemática, e estimula a garota a ir além. No fim das contas, não se trata apenas de estudar mais e simplesmente dominar mais conhecimento, mas também se tornar uma pessoa mais forte, carinhosa e empática.
"Um laço de amor" (2017)
Desde a formação de grandes cidades movimentadas até viagens ao espaço, o mundo passou por diversas transformações nas últimas décadas. Apesar do aumento da tecnologia ser uma realidade, algumas coisas nunca mudam. Exemplo disso é a importância das brincadeiras no desenvolvimento infantil. Em um momento em que o uso das telas está cada vez mais comum entre os pequenos, é preciso dar alguns passos para trás e relembrar atividades divertidas que fizeram parte da infância de muitas pessoas. É durante essa fase que muitas habilidades e competências são desenvolvidas, como a coordenação motora, o equilíbrio, a memorização
e a criatividade. E nesse aspecto, nenhuma tela pode substituir os momentos de descobertas, risadas e interação com a família e os amigos, momentos em que a aprendizagem e imaginação florescem de forma natural enquanto as crianças movimentam o corpo e a mente. Seja pelos pais, avós, irmãos mais velhos ou professores, as brincadeiras antigas chegam às crianças como uma forma de manter tradições vivas e preservar a essência da infância. Algumas delas resistem ao teste do tempo e continuam sendo praticadas por diferentes gerações. Conheça dez dessas brincadeiras e os seus benefícios:
PULAR CORDA
É mantendo o corpo em movimento que a saúde e o bem-estar das crianças estão sendo cuidados. E uma das maneiras mais divertidas de fazer isso é brincando de pular corda. Seja com apenas alguns amigos ou em um grupo grande, essa atividade melhora a coordenação motora, o equilíbrio e a resistência cardiovascular.
Quando a brincadeira é baseada no ritmo de músicas, os benefícios cognitivos também são perceptíveis, como a atenção, a contagem e a memorização de sequências.
AMARELINHA
Antes mesmo de começar a pular entre as casinhas, a brincadeira já começa na preparação. Com giz e criatividade, é hora de colorir o chão e traçar o caminho que leva até o céu. Após essa etapa, é preciso definir as regras, acrescentar desafios, lançar a pedrinha para descobrir em qual casa deve parar e, finalmente, iniciar a rodada.
A brincadeira é simples, mas contribui na melhora do equilíbrio, fortalece os músculos das pernas e desenvolve a noção espacial.
Ao esperar a vez dos colegas jogarem, o jogo também ensina sobre paciência e colaboração.
ESCONDE-ESCONDE
Quem gosta de se divertir com os amigos já deve ter brincado pelo menos uma vez de escondeesconde. Além do desafio de não ser encontrado e a tensão na hora da procura, o jogo estimula a agilidade e o movimento, desenvolve a estratégia e o planejamento, e ensina sobre regras e tomada de decisão.
PEGA-PEGA
Outra atividade clássica entre os colegas de escola é o pega-pega. Além de desenvolver o raciocínio rápido, já que é preciso habilidade para não ser capturado, a velocidade e a resistência são melhoradas.
CABO DE GUERRA
Ainda que muitas brincadeiras tenham o objetivo de uma única pessoa vencer, existem aquelas que precisam da união do grupo para decidir qual time ganhará a partida. Exemplo disso é o cabo de guerra. Além de fortalecer os braços, as pernas e o tronco, o jogo estimula o planejamento e o trabalho em equipe, incentivando a cooperação e a estratégia coletiva.
PETECA
Com o objetivo de manter a peteca no ar o maior tempo possível, os participantes trabalham diferentes competências enquanto brincam. Coordenação motora fina e grossa, agilidade, reflexo, atenção, equilíbrio e ritmo corporal são algumas delas.
QUEIMADA
Um dos jogos que mais animam a galera é a queimada. Em uma brincadeira cheia de emoção e reviravoltas, todo o corpo é movimentado, praticando a resistência, a agilidade, os reflexos, a estratégia, a tomada de decisão rápida e a cooperação.
PIÃO
É uma brincadeira simples com apenas um objetivo: manter o pião rodando por mais tempo. Feito apenas com o brinquedo de madeira e um barbante, o desafio requer habilidades na coordenação motora fina, concentração, percepção de força e paciência.
JOGO DA VELHA
Enquanto a maioria das brincadeiras citadas requerem habilidades físicas, neste jogo o principal requisito é a concentração. Para vencer o oponente no jogo da velha, é preciso estratégia e raciocínio lógico.
MÍMICA
Brincadeiras que precisam da imaginação para funcionar são ótimas maneiras de trabalhar o lado da criatividade e da comunicação não verbal de crianças e adolescentes. Exemplo disso é a mímica. Além dessas habilidades, a cooperação em grupo, a empatia e a confiança são competências trabalhadas durante o jogo, já que é preciso se expressar diante dos colegas e também aprender a observar os amigos.
FORMANDO MENTES, INSPIRANDO FUTUROS:
A JORNADA DO EDUCADOR
Sabe aquele professor que te marcou? Pode ser o lendário professor Albus Dumbledore, de Hogwarts, mestre em sabedoria e magia; ou o inesquecível professor Girafales, da Vizinhança do Chaves, com sua paixão por Dona Florinda e suas boas intenções (e um buquê de rosas); ou mesmo o professor de Matemática da sua escola, que lhe ensinou a gostar dos números por meio do ensino cheio de compreensão e paciência. Claro, estes são exemplos para ilustrar que
o componente curricular pode ser só um detalhe se houver um profissional que ensina com amor.
Se você é uma das pessoas que já brincou de “escolinha”, ou já se imaginou em frente a uma sala de aula escrevendo em um quadro, ou até mesmo gosta de ajudar seus colegas em temas apresentados em sala de aula, talvez você se identifique com a carreira de um educador.
Ser professor é mais do que só dar aula. É ter vocação, dominar o assunto e, principalmente, estar pronto para guiar. Conheça um pouco mais sobre a profissão.
Primeiro passo: aprendendo para ensinar
O ponto de partida para ser um profissional na área da educação é a formação acadêmica, em que o futuro professor adquire o “poder” do conhecimento e da didática. Não basta gostar de uma matéria, é preciso saber ensiná-la. Para atuar na Educação Infantil ou nos anos iniciais do Ensino Fundamental (primeiro ao quinto ano), é preciso ter Licenciatura em Pedagogia.
Já para se tornar especialista em um componente nos anos finais (sexto ao nono ano) do Ensino Fundamental, é obrigatória a licenciatura plena na área específica (História, Matemática, etc.). Nesta etapa, que dura em média quatro anos, o profissional precisa fazer um estágio obrigatório, que é a prática real em escolas, preparando o professor para os desafios do dia a dia.
Ser um educador é uma combinação de habilidades e paixões que vão além de dominar o assunto de aula. As principais características de um docente são:
• Paixão por ensinar e aprender: sentir prazer em compartilhar conhecimento e manter a curiosidade constante para se atualizar e melhorar.
• Paciência e empatia: ter tolerância com os diferentes ritmos de aprendizado e a capacidade de se colocar no lugar deles para entender suas dificuldades.
• Comunicação e didática: ser capaz de explicar ideias complexas com clareza e ter a versatilidade para se adaptar à linguagem dos seus alunos.
• Resiliência e liderança: inspirar os alunos, lidar com os desafios da sala de aula com calma e organização e se adaptar às mudanças do ambiente escolar.
SEGUNDO PASSO: voltando para a sala de aula
Após obter seu diploma, o pedagogo pode seguir vários caminhos, desde lecionar até administrar instituições de ensino. Se optar pela docência em rede pública, ele precisa passar pelo concurso público — que é composto por provas de conhecimento e, muitas vezes, pela avaliação de títulos (pós-graduação, mestrado) para qualificar a experiência e o aprofundamento do candidato. A aprovação exige que o professor se classifique dentro do número de vagas disponíveis.
E FINALMENTE: professor!
Antes de entrar em uma sala de aula, o professor ainda passa por uma inspeção médica para comprovar que tem aptidão física e mental para exercer a função. Após estes exames, está liberado para lecionar.
Os profissionais que constroem a escola
Quando pensamos na escola, uma imagem logo vem à mente: o professor diante da turma explicando o conteúdo. É ele quem conduz o conhecimento, acompanha o desenvolvimento dos estudantes e incentiva a curiosidade. Mas, assim como uma engrenagem não funciona apenas com uma peça, uma instituição de ensino também precisa de outros profissionais para cumprir
a missão de promover um ambiente organizado, seguro e acolhedor.
Seja dentro da sala de aula, acompanhando o professor ou trabalhando nos bastidores, existe uma rede de pessoas que, cada um com sua função, contribuem para que os alunos continuem aprendendo e crescendo. Conheça alguns exemplos:
1) ORIENTADOR ESCOLAR
Atuando como um elo entre a escola, a família e a comunidade escolar, os orientadores acompanham o desenvolvimento dos estudantes, seja na escola ou no crescimento pessoal, dando apoio nas dificuldades de comportamento ou de aprendizagem. Eles agem também na resolução de problemas, pensando em estratégias para lidar com as necessidades apresentadas.
2) SUPERVISOR ESCOLAR
Para garantir que o ensino esteja alinhado com as diretrizes educacionais, os supervisores acompanham e avaliam o andamento dos projetos pedagógicos, orientando os docentes e sugerindo melhorias.
3) ADMINISTRADOR ESCOLAR
Além de auxiliarem na questão burocrática e organizacional, como os documentos, os administradores cuidam também da parte financeira, como na compra de materiais e na manutenção da infraestrutura.
4) SECRETÁRIO ESCOLAR
Nos bastidores, o secretário é responsável por organizar a documentação da escola — como matrículas e declarações —, apoiar a gestão e coordenação, atualizar os dados da instituição, manter contato com as famílias e a comunidade e recepcionar visitantes.
5) ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (AEE)
A inclusão de estudantes com algum tipo de necessidade especial não termina na sala de aula tradicional. Os professores de AEE oferecem suporte individualizado para alunos com transtorno do espectro autista (TEA), deficiência e altas habilidades/superdotação. Além de identificarem as particularidades, elaboram planos de atendimento, organizam recursos e entram em contato com as famílias.
6) AGENTE DE EDUCAÇÃO
Atuando como apoio aos alunos com deficiências e diagnósticos com TEA, os agentes ajudam esses estudantes nas atividades de comunicação, interação social, locomoção e cuidados pessoais.
7) INTÉRPRETE DE LIBRAS
Para garantir que todos os estudantes tenham acesso à educação, é preciso que haja um elo entre os alunos surdos, os ouvintes e os professores, mediando a explicação da matéria.
8) MONITOR DA EDUCAÇÃO INFANTIL
Os monitores acompanham as crianças de perto, ajudando nas atividades em sala de aula, dando suporte para os professores e apoiando os pequenos nos momentos de alimentação, higiene e recreação. O objetivo principal é garantir o bem-estar e o cuidado dos alunos.
9) GESTOR ESCOLAR
Quando pensamos no gestor escolar, vale destacar que esse profissional é responsável por organizar, coordenar e administrar o funcionamento da escola. É ele quem assegura que o processo de ensino ocorra conforme o planejado, facilitando o aprendizado dos alunos. Além disso, o gestor lidera a equipe escolar, planeja e executa ações educacionais, gerencia os recursos financeiros e mantém o diálogo com as famílias, atuando como um dos principais elos da educação.
Feliz Dia do PROFESSOR
É um privilégio ter um professor que nos ensina com amor, nos mostra a direção e deixa uma marca especial em nossas vidas. Por isso, este dia é tão importante, e queremos homenagear quem tanto preza pela educação.
Em reconhecimento, os estudantes do Centro Educacional Municipal Professora Leonora Schmitz, do Centro Municipal de Educação Infantil Professora Natalina Sabel do Amaral e das Escolas Municipais
Professora Maria Ivone Müller dos Santos, Professora Vilna Corrêa Pretti e Professora Rosa Maria Xavier de Araújo produziram imagens para ilustrar a forma como eles veem seu professor. O resultado é uma ilustração única, produzida por meio da combinação de inteligência artificial e desenho manual, que representa a forma como eles veem seus mestres.
Professora Denise de Azevedo da Silva
Professora Mirela Cristina Leite Mothé
Professora Aline de Fátima Mello Florêncio
Professor Cleber Cipriano
Professora Benta Cristina de Souza
Professora Alice Zucchi
Professor Jessé Emanoel Ferreira
Professora Daniela de Toffel
Municipal de Educação Infantil (CMEI) Professora Natalina Sabel do Amaral/Divulgação
Neste mês, em que celebramos o Dia das Crianças e o Dia do Professor, conheça alguns estudantes e educadores da rede municipal de Navegantes.
A ESSÊNCIA DA EDUCAÇÃO
POR MAIRA RITA CORRÊA • PROFESSORA DA REDE MUNICIPAL DE NAVEGANTES
Sou Maira, professora da rede municipal de ensino de Navegantes. Minha inspiração para seguir a docência veio de casa: minha mãe e minha irmã, hoje professoras aposentadas, foram meu exemplo e incentivo. Em 1999, ano em que concluí o magistério, prestei concurso público e, em 2000, iniciei minha trajetória como professora efetiva, ao mesmo tempo em que comecei o curso de Pedagogia. Atuei por um ano no CAIC e, desde 2001, leciono na Escola Municipal Professora Ilka Müller de Mello, no bairro Gravatá, onde também resido com minha família. Buscando sempre o aperfeiçoamento, realizei especializações em Gestão Educacional, Metodologia de Ensino e Psicopedagogia Clínica e Institucional. Ao longo da minha caminhada, cresci como profissional e como pessoa. Aprimorei minha prática pedagógica, fortaleci minha relação
com os alunos e ampliei meu olhar sobre a educação. Sempre valorizei as atividades em grupo, em duplas e as aulas de campo, pois acredito que o aprendizado se torna mais significativo quando há trocas, interação e curiosidade. No momento de planejar, penso em cada aluno: em sala de aula, sou braços que acolhem, razão que orienta e coração que ama. Não trabalho apenas por amor — afinal, todos precisamos do salário —, mas trabalho com amor, e isso faz toda a diferença. É verdade que muitas vezes me sinto cansada e desanimada. No entanto, algo sempre me impulsiona a seguir: meus alunos. Eles são a maior motivação para voltar todos os dias e continuar acreditando na força transformadora da educação.
um presente simples e inesquecível
Em uma década marcada por vídeos curtos, conteúdos que precisam prender a atenção e mensagens instantâneas, perdemos o costume de criar e produzir coisas manualmente. Mas e se você voltasse no tempo? Imagine-se em 2400 a.C., no Egito Antigo.
Nessa época, a comunicação a longa distância era feita por meio de escritos em papiros, entregues por mensageiros. Agora que voltou no tempo, recebeu uma missão muito importante: escrever uma carta para seu professor.
1. Na primeira linha indique a data e o local. Como por exemplo: “Navegantes, 15 de outubro de 2025”.
2. Inicie identificando para quem está escrevendo. Exemplo: “Querido professor Walter”.
3. No corpo da carta, deixe sua criatividade agir. Se não souber por onde começar, tente explicar o que o motivou a escrever e, depois, desenvolva. Exemplo: “Neste Dia dos Professores quero dizer o quanto você é importante para o meu crescimento. Por meio das suas aulas, aprendi o quanto matemática pode ser legal e que não é um bicho de sete cabeças.”
4. Para finalizar, você pode utilizar uma saudação final e assinar seu nome, por exemplo: “Com carinho, Maria”, ou “Um grande abraço, Pedro”.
Coloque a carta no envelope. Na frente, escreva o destinatário (nome e endereço de quem irá receber). No verso, ou em um canto superior, identifique-se como remetente (quem enviou). Agora é só exercer a função de mensageiro e entregar para seu professor!